Cuiabá vive o maior aquecimento imobiliário da última década Alta nas vendas, recorde de financiamentos e impulso do Minha Casa, Minha Vida explicam o desempenho do setor.

O mercado imobiliário de Cuiabá vive um dos momentos mais aquecidos da última década. Dados do Sindicato da Habitação de Mato Grosso (Secovi-MT) mostram crescimento consistente nas vendas, no volume financeiro movimentado e no número de financiamentos, consolidando a capital como um dos principais polos do setor no Centro-Oeste em 2025.

📊 O que explica esse crescimento?

No primeiro trimestre do ano, o setor atingiu um recorde histórico. O volume de transações chegou a R$ 1,39 bilhão, alta de 14,3% em relação ao mesmo período de 2024. O número de imóveis comercializados saltou de 2 mil para 3 mil unidades, um avanço de 32%.

Parte desse desempenho está diretamente ligada à entrega de moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, que ampliou a oferta de imóveis de baixo e médio padrão, puxando as vendas e ampliando o acesso ao crédito habitacional.

O ritmo acelerado se manteve no segundo trimestre. Entre abril e junho, foram vendidas 3.400 unidades, que movimentaram R$ 1,36 bilhão, crescimento de 25% na comparação anual. O grande destaque do período foi o salto nos financiamentos imobiliários, que registraram alta superior a 200%, refletindo maior disponibilidade de crédito e condições mais acessíveis ao comprador.

Já no terceiro trimestre, entre julho e setembro, o mercado seguiu aquecido, com cerca de 3,8 mil imóveis vendidos e R$ 1,46 bilhão em transações, reforçando a tendência de crescimento contínuo ao longo do ano.

📈 Balanço do ano até agora

Com os resultados acumulados dos três primeiros trimestres, Cuiabá já soma mais de 10 mil unidades comercializadas e aproximadamente R$ 4,21 bilhões movimentados em 2025. O volume de financiamentos figura entre os maiores já registrados desde 2015, segundo o setor.

A expectativa de incorporadoras e entidades do mercado é que a capital encerre o ano entre os mercados imobiliários mais dinâmicos do Centro-Oeste, sustentada pela forte demanda, diversificação de empreendimentos e ampliação do acesso ao crédito habitacional.