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Economia
Quinta - 18 de Dezembro de 2025 às 06:24
Por: Lidiane Moraes/Primeira Página

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Mesmo com a alta registrada em dezembro, a cesta básica encerra 2025 mais barata do que começou o ano em Mato Grosso. Levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT) aponta que o conjunto de alimentos teve aumento de 0,10% na segunda semana de dezembro, alcançando custo médio de R$ 781,56. Ainda assim, no acumulado de janeiro a dezembro, a variação é negativa em 3,27%.

O resultado contrasta com o desempenho de 2024, quando a cesta básica havia acumulado alta de 8,50%, e reflete um comportamento considerado atípico ao longo de 2025. Segundo o IPF-MT, o ano foi marcado por elevações mais intensas no primeiro semestre e recuos nos meses seguintes, o que acabou puxando o índice anual para baixo.

Cesta básica Cuiabá 09/07/25Arroz, carne e feijão puxam queda da cesta básica em 15 capitais do Brasil. Foto: Ilustrativa/Reprodução

O balanço mostra que abril concentrou o maior custo médio da cesta em 2025, chegando a R$ 841,13. Já o menor valor foi registrado agora em dezembro, quando a média ficou em R$ 781,17, indicando alívio no orçamento das famílias no fim do ano.

Segundo análise da Fecomércio, as variações de 2025 foram atípicas, com crescimento no início do ano e retração no segundo semestre. Esse comportamento fez com que a cesta básica fechasse o período com queda em relação ao ano anterior, algo pouco comum nas séries históricas.

Ainda segundo a instituição, a redução foi puxada, principalmente, pelos alimentos menos industrializados e pelos hortifrutigranjeiros.

No recorte semanal, alguns itens voltaram a pressionar os preços. O tomate registrou alta expressiva de 13,24%, após cinco semanas consecutivas de queda, alcançando média de R$ 4,72 o quilo. Apesar disso, no comparativo anual, o produto segue mais barato: em 2024, o preço médio era de R$ 5,14/kg, o que representa redução de 8,02%.

De acordo com o IPF-MT, a elevação recente está relacionada ao período de entressafra, quando parte das regiões produtoras ainda não iniciou a colheita, reduzindo a oferta no mercado.

A batata seguiu a mesma tendência, com aumento de 3,56% e preço médio de R$ 3,95/kg. O tubérculo também enfrenta diminuição da oferta devido ao fim de safra, fator que contribuiu para a alta.

Em sentido oposto, o feijão apresentou queda de 2,47%, sendo comercializado a R$ 6,09/kg na média. Diferentemente dos demais produtos, o grão conta com bom desempenho da safra. A oferta elevada, aliada à demanda mais fraca, ajudou a segurar os preços.





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