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Politica Brasil
Quinta - 05 de Julho de 2012 às 07:59

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Dispostos a alimentar a guerra PT versus PSB e abater o desafeto Aécio Neves (PSDB-MG), aliados de José Serra já acenam com a possibilidade de apoiar a candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), à Presidência em 2014, contra Dilma Rousseff (PT).

O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) --um dos articuladores da candidatura de Serra à Prefeitura de SP-- admite o apoio ao PSB sob o argumento de que, sozinha, a oposição não terá condições de enfrentar o PT.

O elo entre serristas e Eduardo Campos é o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, cujo recém-criado PSD faz dobradinha com o PSB.

"PSB e PSD, dois planetas viajando pelo espaço público em órbitas independentes do PT, que se arvora em centro do sistema polar: esse poderá ser um dos reflexos mais importantes das eleições municipais sobre o quadro nacional", diz Nunes Ferreira.

Atrás dessa justificativa esconde-se também o desejo de enterrar as pretensões eleitorais de Aécio. Em conversas com seus colaboradores, Serra debita a derrota de 2010 na conta do senador, que fragilizou sua campanha ao recusar a oferta de vice da chapa.

Ontem mesmo Kassab desferiu um golpe contra Aécio ao negociar a aliança do PSD com o PT, contra o candidato do PSDB em Belo Horizonte.

Aliados de Serra sonham com a união de Campos, Kassab e Serra em 2014. Se fosse eleito, Serra embaralharia o jogo de Aécio no PSDB. Mas a operação dependeria da disposição de Campos de duelar contra Dilma.

Amigo e ex-vice de Serra, Alberto Goldman diz que, conforme o cenário político e econômico, Campos poderá concorrer. Hoje, diz ele, Campos tem mais visibilidade que Aécio. "É o fato novo. O Aécio não é nenhum fato novo. É velho", disse o tucano. 






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