Eles conseguiram alterar as propriedades da membrana da bolha de sabão, transformando-a no que chamaram de "o monitor mais fino do mundo".
Com isso, os cientistas acreditam poder incrementar a nitidez na projeção de imagens, até mesmo em 3D.
Uma equipe internacional formada por especialistas de universidades japonesas e norte-americanas usou ondas de ultrassom para tentar transformar a textura da membrana transparente em uma superfície opaca, onde pudessem ser projetadas imagens.
Um dos coordenadores do estudo, Yoiki Ochiai, disse à BBC Brasil que este é somente o início da pesquisa. "Nossa invenção pode contribuir para o desenvolvimento de um monitor, que pode mudar as propriedade de reflexão da superfície (da bolha)", conta.
Ele declarou ainda que o seu trabalho é diferente dos realizados anteriormente: "Nossa tela feita de membrana pode ser controlada usando vibrações ultrassônicas. Membranas podem mudar a sua transparência e o estado das superfícies dependendo das escala das ondas sonoras emitidas. Baseado nisso, nós desenvolvemos diversos aplicativos com a membrana, como uma tela em 3D".
Os cientistas adicionaram substâncias à tradicional mistura de água e sabão para tornar a membrana da bolha mais resistente - e evitar que ela estoure bem no meio da parte mais interessante do filme.

Líquido tem como base o sabão, mas mistura outros produtos para deixar a membrana mais resistente. (Foto: Yoichi Ochiai)
"Este sistema contribui para abrir um novo caminho na engenharia de monitores com imagens mais nítidas", conta Dr Oichiai em seu blog.
A equipe disse ainda que a descoberta pode ser útil também para artistas que querem dar uma sensação mais realista nos seus trabalhos em museus, e até mesmo para mágicos.
Anteriormente, outros pesquisadores haviam feito tentativas de desenvolver monitores pouco tradicionais como uma tela de computador feita de água e um touchscreen de gelo.

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