Os dois policiais militares suspeitos de envolvimento na morte do estudante africano Toni Bernardo da Silva, de 27 anos, podem voltar a trabalhar nas ruas de Cuiabá. Isso porque a Corregedoria da PM deu parecer favorável à conclusão do inquérito administrativo que apurou a conduta de dois policiais. Segundo as investigações, os PMs não foram considerados culpados pela morte do africano, que foi espancado dentro de uma pizzaria de Cuiabá em setembro de 2011 e morreu por asfixia.
Com a conclusão do inquérito aprovada pela Corregedoria, os policiais devem passar por exames psicológicos para avaliar se poderão voltar a trabalhar nas ruas da capital. Durante as investigações, os suspeitos continuaram trabalhando no setor administrativo da corporação.
As investigações apontaram que os policiais eram inocentes dentro na esfera administrativa da corporação, que apura a conduta de oficiais com envolvimento em crimes. Já na justiça comum, os dois policiais militares e um empresário de 27 anos, também acusado de envolvimento na morte do estudante, respondem pelo crime de lesão corporal seguida de morte.
A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 6 de fevereiro de 2013 a audiência de instrução e julgamento dos três envolvidos no espancamento que resultou na morte do estudante. Toni nasceu em Guiné-Bissau e estava no Brasil para cursar economia na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) por meio de intercâmbio. O caso ganhou repercussão nacional após a embaixada do país africano cobrar a investigação do caso.
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