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Politica Brasil
Domingo - 17 de Junho de 2012 às 06:00

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A convenção do Psol em Goiânia, que seria realizada a partir das 14h30 deste sábado (16/06) na Câmara Municipal de Goiânia, foi adiada devido uma liminar concedida pela juíza titular da 134ª Zona Eleitoral, Maria Umbelina Zorzetti. A juíza acatou o argumento do grupo de apoiadores de um dos pré-candidatos da sigla à prefeitura de Goiânia, o advogado Gilberto Ricardi.

O pedido de liminar foi protocolado na Justiça eleitoral na noite desta sexta-feira (15/06), sob a alegação que a direção metropolitana do partido não cumpriu os trâmites necessários à convocação das prévias e da convenção. Segundo o grupo de Ricardi, era preciso pelo menos duas plenárias para debater as propostas dos dois pré-candidatos que se apresentaram e a questão do envolvimento do presidente metropolitano do Psol vereador Elias Vaz, o outro pré-candidato, no escândalo do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

"O que houve foi um desrespeito a uma resolução do Congresso Nacional do nosso partido e suas regras. Não havia nenhum processo de inscrição de candidaturas, o diretório não fez esta convocação", explica Gilberto Ricardi, que afirma que só conseguiu registrar sua candidatura na semana passada. Gilberto acredita que as revelações, por meio da imprensa, de diálogos gravados com o vereador Elias Vaz pela Operação Monte Carlo o motivou a se lançar pré-candidato. "Não estamos acusando o vereador de corrupção, mas, para nós, isso fragiliza a imagem do partido", pontua. "Por isso, apresentamos uma alternativa aos filiados", concluiu.

Conhecido como um crítico da atual gestão da prefeitura de Goiânia - cujas denúncias ao Ministério Público se transformaram em dor de cabeça para a administração do atual prefeito Paulo Garcia (PT) -, Vaz sempre negou qualquer envolvimento com Carlinhos Cachoeira e seu esquema. Admite apenas que participou de uma reunião de vereadores de oposição na Câmara no ano passado, com o então chefe de gabinete do prefeito de Goiânia Cairo de Freitas, e que teve a presença do empresário do jogo do bicho e caça-níqueis, preso pela Polícia Federal.

O objetivo seria tentar um entendimento para poupar o prefeito Garcia das denúncias de superfaturamento de obras no Parque Mutirama, atualmente sob investigação da Justiça. O vereador nega que articulava com Carlinhos Cachoeira uma ação conjunta para paralisar as obras do Parque. "As gravações (da Operação Monte Carlo) mostram claramente que eu contrariei os interesses do Carlinhos Cachoeira, o resto é calúnia. Quem fez denúncias contra a Delta aqui na Câmara fui eu. A prefeitura pagou mais de R$ 180 milhões nos últimos seis anos para a Delta", assinala. "Eu fiz várias denúncias sobre as obras do Mutirama, e Carlinhos Cachoeira é dono de 30% da obra, via ligações com a construtora Warre", disse.

Elias Vaz argumenta também que as informações passadas a juíza sobre a condução do processo eleitoral no Psol não correspondem a verdade. "Não há mais prazo para o que eles querem fazer. Nós estamos no período de convenção e não mais nas prévias. O partido decidiu que o período de prévias seria até o mês de abril, ou seja, já passou", disse. Elias disse que a pré-candidatura de Ricardi deveria ter sido protocolada em 20 de janeiro. "E ela foi protocolada só esta semana, e mesmo assim, dentro do princípio democrático, nós aceitamos", disse.

Para Elias Vaz, o grupo de Ricardi, por não ter maioria dentro do partido, está usando instrumentos para tentar barrar a vontade da maioria. "De qualquer forma vamos cumprir a decisão judicial", disse o presidente, informando que já recorreu ao plantão do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE) para anular a liminar. Até o início da noite a decisão não havia sido revertida.





Fonte: Terra

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