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Cidades/Geral
Quinta - 14 de Junho de 2012 às 07:36

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O Hospital Universitário Júlio Muller (HUJM) realiza em média dois mil procedimentos diariamente. Atendimento que desde anteontem está comprometido devido à greve dos 450 técnicos administrativos e que tem o apoio dos profissionais da área médica.

“A adesão é de 100% da categoria. Os médicos apóiam a greve porque também estão sendo prejudicados com a medida provisória 568 (2012)”, afirmou a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores (Sintuf/MT), Ana Bernadete de Almeida Nascimento. A MP prevê reajuste dos servidores públicos federais.

Além de serem contra a MP, os técnicos administrativos cobram a revogação da lei (12.550/2011) que prevê a entrada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares nas unidades federais como o HUJM. “A entrada da empresa tem como meta a produtividade e não a qualidade. A qualidade vai cair. Hoje, se o médico atende entre 15 a 10 pacientes, com a empresa terá que atender 50”, afiançou.

Ana Bernadete explicou ainda que a MP 568 fixa e reduz o valor da insalubridade pago aos profissionais. Antes, variava de 5% a 20% de acordo com o salário. Hoje, paga entre R$ 180 a R$ 260.

Conforme Ana Bernadete, os procedimentos que já estão agendados serão atendidos. Porém, desde ontem, não estavam sendo realizados novos agendamentos para consultas e exames. Além disso, casos de internação seriam encaminhados para outras unidades que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “As internações não serão feitas, só casos específicos”, afirmou.

A dona de casa Natália Benedita de Arruda, 42 anos, conseguiu que o pai Carlos, de 85 anos, fosse atendido, já que a consulta já havia sido marcada. Porém, sua preocupação era com o exame e o com o retorno. “O retorno está marcado para o dia 17 de julho. Mas já avisaram para ficar acompanhando a greve pela televisão porque poderá ser que ele não seja atendido para fazer o exame”, comentou.

A paralisação dos servidores do HUJM soma-se a dos técnicos administrativos da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que deflagraram greve no último dia 12. Juntos, são aproximadamente três mil trabalhadores que reivindicam do Governo Federal reajuste salarial de três salários mínimos, o cumprimento do acordo firmado na greve de 2007, a racionalização de cargos, aumento do auxílio-alimentação, devolução do vencimento básico complementar que é a restituição do repasse salarial, reposicionamento dos aposentados, entre outros. Apenas serviços essenciais funcionarão respeitando os 30% que estão na lei.






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