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Agronegócios
Quarta - 13 de Junho de 2012 às 21:11

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A incidência, a causa e o controle das doenças que mais acometeram as lavouras de soja em Mato Grosso serão abordados amanhã (14) no VI Congresso Brasileiro de Soja que acontece desde a última segunda-feira no Centro de Eventos do Pantanal em Cuiabá/MT. Trabalho de pesquisa desenvolvido na safra 2011/2012 embasa as informações que serão apresentadas por Fabiano Siqueri, pesquisador da Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT).

De acordo com ele, o sucesso no controle de doenças em soja não é uma ciência exata, pois são vários os fatores que podem limitar a eficiência da técnica adotada. Aliar ações como o uso de produtos químicos, variedades resistentes, aplicação na dose certa e no momento exato, entre outras fazem parte do pacote de recomendação para quem não quer ter prejuízos com as doenças de soja.

“Em Mato Grosso é praticada uma agricultura de larga escala, sob um clima muitas vezes adverso, que atrapalha sobremaneira o dia a dia das propriedades e impedem que todas as operações sejam feitas a contento e no tempo certo. Sendo assim, todo o cuidado é pouco quando se trata de impedir a disseminação de doenças na lavoura de soja”, afirma Siqueri.

Na apresentação que fará no Congresso, o pesquisador fará considerações sobre três doenças que mais interferem a produtividade da soja: ferrugem asiática, mancha alvo, antracnose e mela.

“A Fundação MT tem realizado pesquisas ao longo do período de dura convivência com a ferrugem. Tem procurado, ano após ano, levar aos produtores e técnicos informações as mais precisas possíveis em termos de recomendações para o controle da ferrugem de outras doenças importantes no contexto estadual, como mela (Tanatephorus cucumeris), Mancha alvo (Corynespora cassiicola) e antracnose (Colletotrichm truncatum). Desde que os primeiros estudos foram realizados, na safra 2001/2002, muitas descobertas foram feitas e, por se tratar de uma matéria muito dinâmica (doenças em plantas), estabelecidas recomendações que muitas vezes foram revogadas”.

Para Siqueri a doença chave da cultura da soja é a ferrugem. Sendo assim, ele defende que todo o manejo complementar deve ser feito em função desta. Mas, muitas vezes os produtores dão mais importância às doenças como antracnose e mancha alvo e relegam a ferrugem ao segundo plano. “Salvo em condições onde há a ocorrência de mofo branco e mela, doenças que exigem um controle específico e antecipado em relação ao que é recomendado para a ferrugem, o controle integrado deveria ser guiado pelo da ferrugem asiática. Isto é verdadeiro tanto em termos de produtos escolhidos como época e intervalos de aplicação adotados”, finaliza.

A palestra de Siqueri que tem como tema “Manejo de doenças na cultura da soja: análise do cenário atual e perspectivas futuras” acontecerá quinta-feira (14) a partir das 08h30 no auditório Borboletas.    






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