Um grupo de trabalhadores da maior usina de açúcar de Mato Grosso, localizada na cidade de Nova Olímpia, a 207 quilômetros de Cuiabá, está há três dias em greve para reivindicar melhores salários. Uma negociação foi feita com a direção da empresa, no entanto, ainda sem nenhum acordo.
A decisão de greve ocorreu após uma reunião realizada na semana passada. De acordo com o sindicato da categoria, cerca de 270 trabalhadores do setor operacional estão em greve desde segunda-feira (11). Eles pedem um reajuste de 8% nos salários. No entanto, a empresa ofereceu 6%.
“É uma manifestação pacífica dos trabalhadores. E estamos no aguardo por um posicionamento da empresa”, explicou Ronei de Lima, presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria. A direção da empresa recebeu os manifestantes em uma reunião. O grupo pediu em negociação um novo aumento de 7%, que também não foi aceito.
“Os trabalhadores decretaram a greve. O pessoal está muito revoltado e a gente pede para a empresar comparecer para negociar”, pontuou José Silva Pereira de Ambrósio, membro do sindicato da categoria. A usina está entre as três maiores do país e chega a produzir mais de 5,4 milhões de toneladas de açúcar e 250 milhões de litros de etanol por safra.
“A nossa proposta [de reajuste] é de 6% total. O sindicato veio com a contra-proposta de fazer um fracionamento. Isso representa um ganho acima da inflação”, disse o presidente da usina, Sílvio Coutinho.
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