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Quinta - 31 de Maio de 2012 às 17:37

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Presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá
Presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá

Os projetos de agroindústrias de pequenos frigoríficos desenvolvidos pela Associação Mato-grossense dos Municípios foram destaque em uma revista especial editada pelo jornal Valor Econômico, a maior publicação de economia, finanças e negócios do país.  A revista temática, de circulação nacional, foi divulgada nesta quinta-feira (31) e acompanha a edição impressa do jornal.

A publicação dedicou duas páginas à experiência desenvolvida pela AMM que visa oferecer uma alternativa aos pequenos pecuaristas para combater o oligopólio que controla o preço da carne no estado. A revista divulga estimativa da associação, que alerta que cerca de 90% do rebanho bovino abatido em 2011 foram manipulados por grandes frigoríficos, como o JBS, maior processador mundial de carne bovina.

As plantas de pequenos frigoríficos estão sendo projetadas pela equipe técnica da associação desde março de 2011, e é um dos principais projetos da atual diretoria da instituição, que tomou posse em fevereiro do ano passado.

O presidente da AMM, Meraldo Figueiredo Sá, destacou que muitos prefeitos já demonstraram interesse pelos projetos, que além de combater a concorrência dos grandes frigoríficos visa coibir o abate clandestino. Meraldo disse que a experiência está dando certo e salienta a importância de divulgar o potencial da agroindústria mato-grossense em nível nacional. “A publicação desse assunto no maior jornal de economia do país vai ajudar a divulgar a nossa experiência a municípios de várias regiões, que certamente enfrentam a mesma dificuldade”, assinalou.

O conteúdo da matéria aborda ainda a capacidade de abate dos pequenos frigoríficos, que fica em torno de 50  cabeças por dia. Para efeito de comparação, esse número representa cerca de 5% da quantidade manipulada pelos grandes frigoríficos. Porém, a reportagem esclarece que  “a estrutura é mais vantajosa para o pequeno produtor, que nem sempre encontra preços favoráveis na hora de vender poucas cabeças a um frigorífico grande”.

O investimento também é outro fator predominante para o sucesso dos pequenos frigoríficos. Enquanto as plantas projetadas pela AMM exigem recursos da ordem de R$ 300 mil, o investimento em frigoríficos de grande porte não sai por menos de R$ 15 milhões.

A AMM ressalta que a iniciativa não visa beneficiar somente os pequenos produtores, mas também os consumidores. O alto preço da carne no estado não se justifica, pois Mato Grosso é o maior centro pecuarista do Brasil, a instalação de frigoríficos recebe vantajosos incentivos fiscais e o estado se destaca como um dos maiores exportadores de carne para o mercado interno e externo. A combinação desses fatores deveria culminar num preço acessível para o cidadão mato-grossense, porém não é isso que se verifica nos supermercados.

A distorção fica evidente quando se constata, por exemplo, que o preço da carne em Cuiabá, em geral, é mais alto do que em capitais como São Paulo e Rio de Janeiro, que não pertencem a estados produtores e que importam a carne de Mato Grosso.

A iniciativa da AMM visa fortalecer o setor principalmente nas cidades que dependem da pecuária para gerar emprego. Esses pequenos empreendimentos  também têm o objetivo de oferecer uma alternativa de comercialização da carne para os consumidores, principalmente os de baixa renda, que não têm condições de arcar com os altos custos do produto.  O rebanho de Mato Grosso é de cerca de 29 milhões de cabeças e pecuária é a base econômica de dezenas de municípios.

http://revistavalor.com.br/home.aspx?pub=66&edicao=1&pagina=60





Fonte: AMM

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