Além do concerto, a noite conta com o lançamento do Selo Comemorativo aos 70 Anos do Cine Teatro Cuiabá.
Cine Teatro Cuiabá comemora 70 anos com concerto da Orquestra Sinfônica da UFMT

Nesta quarta-feira, 23 de maio, às 21h, o Cine Teatro Cuiabá comemora 70 Anos e para celebrar esta data recebe no palco a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal de Mato Grosso (OSUFMT) com um concerto especialmente pensado para a noite.

Sob a regência do maestro Fabrício Carvalho, a orquestra traz no repertório composições como a Abertura ‘Egmont’ op.84 de Ludwig van Beethoven, o ‘Concerto para Dois Violinos’ de Johann Sebastian Bach, a ‘Pavane pour une infante Defunte’ de Maurice Ravel, e a Sinfonia n.08 ‘Inacabada’ de Franz Schubert. Apresentam-se como solistas no concerto Yllen Almeida, no violino I, e Fernando Pereira, no violino II.

Na ocasião também acontece o lançado do Selo Comemorativo aos 70 Anos do Cine Teatro Cuiabá. Os ingressos são limitados e estarão disponíveis na bilheteria do CTC, a partir das 14h. A entrada é gratuita.

O Regente

Fabrício Carvalho é mestre em música pela Universidade de Campinas (UNICAMP) e desenvolve carreira musical como maestro. Dirigiu importantes orquestras brasileiras como a Sinfônica da UNICAMP (SP), a SESI Minas (MG) e a Orquestra de Câmara do Conservatório Brasileiro de Música, do Rio de Janeiro (RJ).

Como compositor criou trilhas para teatro além de trabalhos e peças para televisão. No cinema, dirigiu a produção musical e compôs a trilha sonora do primeiro longa-metragem produzido em Mato Grosso “A oitava cor do arco-íris” de Amaury Tangará. Dirigindo a OSUFMT trabalhou com importantes nomes da MPB como Gilberto Gil, Gal Costa, Oswaldinho do Acordeom, 14 Bis e Roupa Nova. Dirigiu em 2006 a primeira ópera realizada em Mato Grosso “A Flauta Mágica” de Mozart. Atualmente é pró reitor de Cultura, Extensão e Vivência da Universidade Federal de Mato Grosso.

Yllen Almeida

Iniciou seus estudos aos seis anos com Hella Gilda e Francisco Lopes, e ingressou na Orquestra Sinfônica da UFMT como bolsista aos dez anos. Em 1995 mudou-se para Belo Horizonte e estudou na Universidade Federal de Minas Gerais por onze anos. Participou de diversos festivais, vencendo o Concurso Jovens Solistas da Escola de Música da UFMG, em 1997, e conquistando o segundo lugar no Concurso Internacional Paulo Bosísio, em 2001.

Integrou, em 2001, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais como Chefe de Naipe. Atuou como solista das Orquestras Sinfônica da UFMT, Orquestra Ouro Preto, Sinfônica da UFMG, Sinfônica de Minas Gerais, de Câmara do Sesiminas/Musicoop, Câmara de Itaúna e Câmara do Conservatório de Música do Rio de Janeiro, e foi membro da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Em 2006, foi Spalla da Ópera A Flauta Mágica com a Orquestra Sinfônica da UFMT. Atualmente é Spalla e Maestro Assistente da Orquestra Sinfônica da UFMT, Violinista exclusivo da Cia. Sinfônica, Professor do Conservatório Musical Dunga Rodrigues e Violinista do Projeto E-STRINGS.

Fernando Pereira

Natural de Americana, interior de São Paulo, Fernando iniciou seus estudos na Escola de Música de Piracicaba. Em 2000, como aluno destaque do curso de bacharel em música pela Universidade de São Paulo, o jovem violinista recebeu o convite para continuar seus estudos na Academia Nacional de Sophia – Bulgária, sob a orientação de uma das maiores discípulas do mestre russo Leonnid Kogan, professora Evgenia-Maria Popova.

Durante os seis anos no qual permaneceu nesta conceituada instituição do leste europeu, Fernando realizou recitais nas mais prestigiadas salas de concertos da Bulgária tais como a “Dimitur Nenov” e a “Sala Bulgária”. Atuou como spalla adjunto da Orquestra Acadêmica de Sofia, e como solista, executou o concerto de Felix Mendelssohn Op.64 e o de Johanes Brahms Op.77. Em 2004, após a sua interpretação do concerto de Pyotr Tchaikovski Op.35, foi considerado pela cátedra de violino o aluno destaque do ano. Graduou-se com mérito em 2005, e dois anos depois concluiu o seu mestrado em análise musical aplicada à interpretação instrumental. Fernando é membro efetivo da Orquestra do Estado de Mato Grosso, ministra aulas regularmente no Instituto Ciranda e na Escola de Artes de Nova Mutum. De 2009 a 2010, participou do quadro de docentes convidados da Universidade Federal de Mato Grosso, participando até os dias de hoje da Orquestra Universitária, assim como de um intenso trabalho de estudo em torno da música contemporânea brasileira.

A Orquestra

Fruto de um projeto visionário dos Reitores Gabriel Novis Neves e Benedito Pedro Dorileo, a Orquestra Sinfônica da UFMT sempre teve a atenção dos dirigentes que, à frente da UFMT, acreditavam na importância de um conjunto especial de música. Com seus concertos em praça pública, onde reuniram até trinta mil pessoas, vários matogrossenses tiveram seus primeiros contatos com o universo da música erudita, ou mesmo da música popular, com arranjos especiais que garantiam a qualidade musical necessária.

O cenário musical brasileiro passou em Mato Grosso nos últimos trinta anos acompanhados pela Orquestra Sinfônica em concertos memoráveis no Teatro Universitário, Museu do Rio, Teatro do Liceu Cuiabano, Academia Mato grossense de Letras, Teatro do IFET, etc. Apresentações mágicas em Chapada dos Guimarães com Gilberto Gil, Roupa Nova, Gal Costa, Tetê Espíndola, 14 Bis, Vanguart, Macaco Bong, Linha Dura e Dj Taba, Dj Farinha, entre outros importantes artistas, estabeleceram um diferencial na história da OSUFMT possibilitando que a comunidade pudesse ter acesso e garantia de qualidade na sua formação musical.

A música regional tem lugar de destaque na história da Orquestra quando Pescuma, Henrique, Claudinho, Pineto, China, Novos Chorões, Filhos da Pauta, Sarau Cuiabano, Erre Som, Strauss, tocaram pela primeira vez com uma orquestra sinfônica, reafirmando assim a qualidade da música mato-grossense nos mais diversos estilos. A universalidade musico-cultural foi uma marca nos últimos anos da Sinfônica. Responsável pela montagem da primeira ópera completa em Mato Grosso nos tempos modernos, “A Flauta Mágica” de Mozart em 2006, a OSUFMT mostra vigor quando une ritmos nunca antes pensados para uma orquestra sinfônica. Música eletrônica e lambadão foram tocadas pelos instrumentos do grupo em concertos que desafiaram a capacidade musical de todos no palco.

Como ferramenta de educação, com o objetivo de formação de platéia e músicos instrumentistas, propõe e desenvolve projetos de iniciação na música de concerto e na formação de platéia como o Projeto “Divina Música”, nos anos 2000 e 2003, os Concertos da Paz e Natalinos, no Parque Mãe Bonifácia, além de representar Mato Grosso em outros estados.

Como forma de homenagear Mato Grosso e sua musicalidade, nos anos em que a Orquestra completa 30 temporadas, apresenta o projeto “Memorial 30 Anos”, homenageando grandes maestros, músicos e personalidades que fizeram a história da música em Mato Grosso.

Quatro maestros titulares passaram pela história da Orquestra nos últimos trinta anos: Konrad Wimmer, Marcelo Bussiki, Ricardo Rocha e Roberto Vitório. Em 2002, Silbene Perassolo foi a primeira mulher a dirigir a Orquestra, permanecendo toda a temporada. Cada um, dentro de suas características, foram condutores de um período especial para a música mato-grossense. Atualmente está sob a batuta de Fabrício Carvalho.

Serviço

Concerto em homenagem aos 70 Anos de Cine Teatro Cuiabá
Orquestra Sinfônica da UFMT
Dia: 23 de maio, quarta-feira, às 21h
Entrada Gratuita com ingressos limitados
Retirada de ingressos na bilheteria do CTC a partir das 14h.