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Agronegócios
Terça - 08 de Maio de 2012 às 13:59

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A cultura do girassol vem ganhando importância na agricultura brasileira para a produção de diversos derivados, como o próprio biodiesel. Para que os produtores desses grãos obtenham sucesso, é preciso investir em boas práticas de manejo, como cuidados com espaçamento, doenças e ainda com as máquinas na hora da colheita. No entanto, todos os cuidados começam com a época do plantio. Segundo César de Castro, pesquisador da Embrapa Soja, a melhor época de plantio para a cultura do girassol depende de em qual região do Brasil ele será cultivado. Ele afirma que, de modo geral, ele é cultivado no Cerrado brasileiro. Nesse caso, a melhor época de plantio começa no final de fevereiro e termina no final de março.

—Antes da adubação, o produtor precisa estar atento às máquinas que farão a semeadura. As sementes de girassol têm um formato bem diferente do formato da soja, por exemplo. Então, os cuidados com a semeadura podem ser o principal passo tomado pelo produtor — conta o pesquisador.

De acordo com ele, o agricultor precisa plantar em torno de 40 a 45 mil plantas por hectare. Já a adubação na cultura do girassol, costuma exigir menos. Além disso, como esse plantio é feito durante a safrinha, aproveita-se os resíduos de adubação das outras culturas.
 
— De um modo geral, usa-se em torno de 40kg e 60kg de nitrogênio e fósforo. É uma adubação simples para, no mínimo, repor os nutrientes retirados pela cultura do girassol. Já o espaçamento mais adequado, varia em função do equipamento do agricultor. No entanto, ele pode ser cultivado com espaçamento desde 45cm até 90cm. Os melhores espaçamentos estão dentro de 50cm a 70cm — orienta Castro.

No início da semeadura, algumas pragas como as lagartas e as vaquinhas podem afetar a cultura, como explica o pesquisador. Ele afirma que, nas plantas adultas, os percevejos são as principais pragas. Já as doenças que afetam essa cultura são a alternária e o mofo branco. Para lidar com o problema, o que se costuma fazer é cultivar em épocas menos propícias ao surgimento dessas doenças.

— De modo geral, o agricultor não tem muito o que fazer quando esse problema surge na cultura porque não existem produtos registrados para que ele possa fazer qualquer operação sem que esteja infringindo a lei — conta Castro.

Já a colheita, para ele, é um período delicado tendo em vista que, quando mal feita, pode-se perder muito. Ele diz que o produtor deve tomar alguns cuidados com a colhedora como em relação à abertura do côncavo e à ventilação, para que os grãos não sejam perdidos. Outra preocupação é se o agricultor possui uma plataforma especial para o girassol ou se utilizará a mesma plataforma, optando por fazer modificações na plataforma de milho com adaptações para colher girassol.

— Quando a lavoura já está no final do ciclo, com 14% a 20% de umidade, é quando o agricultor vai entrar para fazer essa colheita. Como isso ocorre de modo geral na safrinha, se o produtor passar desse período, vai colher muito seco, o que pode trazer alguns problemas — explica.

Já em relação ao mercado, Castro afirma ser bom. Ele diz que o Brasil ainda importa grãos de girassol. Por isso, consequentemente, a cultura do girassol é uma cultura que possui bom preço de mercado. 

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Soja através do número (43) 3371-6000.
 






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