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Terça - 08 de Maio de 2012 às 08:34
Por: Renata Neves

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A indicação do deputado estadual e primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Sérgio Ricardo (PR), para assumir uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) será oficializada hoje durante reunião do Colégio de Líderes, que ocorrerá extraordinariamente no Palácio Paiaguás. Na mesma tarde, os deputados estaduais se reúnem com o governador Silval Barbosa (PMDB).

Conforme o primeiro-secretário do partido, deputado Emanuel Pinheiro, a decisão pelo nome de Sérgio é resultado de consenso entre os parlamentares republicanos. Em reunião da cúpula do partido realizada na tarde de ontem (7), os deputados João Malheiros, Hermínio J. Barreto e Mauro Savi, que pleiteavam a vaga, abriram mão da disputa.

Após a oficialização da indicação, o deputado deverá passar por sabatina em plenário, que poderá ocorrer na sessão vespertina de hoje ou, o que é mais provável, na próxima quinta-feira (10). Ele assumirá a vaga deixada pelo conselheiro Alencar Soares, que anunciou sua aposentadoria na semana passada “para ir atrás de um ‘grande sonho’”, que é ser prefeito de Barra do Garças.

Embora o republicano não confirme, as articulações para oficializar sua ida ao Tribunal foram iniciadas há alguns anos. Oficialmente, ele sempre negou interesse na vaga e afirmou reiteradas vezes que seu foco era disputar a presidência da Casa de Leis. Disse, inclusive, que as informações estariam sendo “plantadas” por pessoas com interesse em “tomar” o espaço político que ocupa.

“Só este ano me colocaram no TCE três vezes com data marcada. Já estão me colocando lá há uns quatro ou cinco anos”, afirmou, em uma das oportunidades.

A “briga” pela vaga resultou na queda do ex-secretário-extraordinário da Copa do Mundo de 2014, Eder Moraes.

Alencar Soares foi acusado por um jornal semanário local de ter vendido sua vaga por R$ 12 milhões para Sérgio Ricardo, e Eder Moraes foi apontado como a pessoa que “plantou” a notícia. O fato estremeceu a relação do ex-secretário com o TCE e a Assembleia Legislativa, e levou os presidentes do Tribunal, conselheiro José Carlos Novelli, e da Assembleia, José Riva, a “pedir a cabeça” de Eder a Silval Barbosa, apesar de ambos negarem.

Ao anunciar sua aposentadoria, Alencar Soares defendeu-se das acusações. O ex-conselheiro alegou tratar-se de “meros boatos” e negou ter sofrido qualquer tipo de pressão política ou financeira para deixar a vaga. Ressaltou ainda que sua decisão foi tomada “por amor à política”.

Composição - Das sete vagas existentes no Tribunal, quatro são preenchidas por indicação da Assembleia Legislativa e as outras três pelo chefe do Poder Executivo do Estado. Todos os conselheiros da Corte precisam ter mais de 35 e menos de 65 anos de idade, ter nacionalidade brasileira, idoneidade moral e reputação ilibada, notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos e financeiros ou de administração pública e mais de dez anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados.






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