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Terça - 24 de Abril de 2012 às 09:07
Por: CLARICE NAVARRO DIÓRIO

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Depois de um dia de greve de fome na semana passada e da recusa do café da manhã de ontem, os detentos da Cadeia Pública de Cáceres conseguiram se fazer ouvir pelo juiz da Vara de Execuções Penais da comarca, Carlos Roberto Campos.

Durante toda a manhã um helicóptero da Polícia Militar sobrevoou a região da cadeia, dando segurança ao magistrado, que visitou o local com grande aparato policial.

O clima ficou tenso porque os detentos reclamaram de mudanças no sistema de segurança. Uma delas foi a colocação de um espelho na sala de revista das mulheres. Desde o domingo retrasado, elas têm que se agachar sobre o espelho, para que as policiais militares que fazem a revista vejam se elas não estão levando nada nos órgãos genitais - como drogas, baterias ou aparelhos de telefone celular. Os presos consideraram a medida humilhante, e as mulheres reclamaram. Elas afirmam que, além desse constrangimento, a PM está tratando as visitas com rispidez.

A reivindicação dos presos foi pela retirada do espelho e melhor tratamento por parte da Polícia Militar às pessoas que vão visitar os presos.

A reportagem tentou falar com o juiz, mas o celular estava desligado. Na cadeia, nem o diretor e ninguém do administrativo pode dar informações, somente através da assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça.

Extra-oficialmente, a reportagem apurou que, durante o diálogo, o juiz afirmou que o espelho fica. É norma da Secretaria, mas que ele estaria dialogando com o comando da Polícia Militar em Cáceres para tratar do outro assunto: a forma como estão sendo tratados os visitantes.

A situação se acalmou dentro da cadeia após a visita do juiz. Na cadeia de Araputanga, o espelho no chão é usado para a revista de mulheres há vários meses.




Fonte: DO GD

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