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Sexta - 13 de Abril de 2012 às 09:24
Por: Sissy Cambuim

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Projeto aprovado recentemente pela Câmara de Cuiabá provoca divergência entre parlamentares e alguns já defendem que ele não seja sancionado pelo prefeito Chico Galindo (PTB). A proposta, de autoria do vereador Marcus Fabrício (PTB), proíbe a circulação de dinheiro nos ônibus da Capital e também determina a instalação de câmeras de segurança nos veículos.

De acordo com o vereador, o projeto determina que a medida entre em vigor 90 dias após sua publicação. Ele ressalta que o principal objetivo é aumentar a segurança para motoristas e passageiros.

O assunto vem sendo debatido pela própria Câmara, que na última quarta-feira (11) realizou audiência pública para discutir a retomada dos profissionais. A audiência foi proposta pelos vereadores Arnaldo Penha (PMDB) e Lueci Ramos (PMDB), no entanto, ambos votaram favoráveis ao projeto. Depois do debate com os profissionais, decidiram voltar atrás.

Na sessão desta quinta-feira (12), Lueci chegou a propor que os vereadores se reunissem para pedir que Galindo não sancione o projeto. “Essa proposta deixa claro que não vai mais precisar de cobradores. Vamos pedir para o prefeito vetar e quando chegar aqui na Câmara, não derrubaremos o veto. É lamentável, mas votamos contra a massa, contra os trabalhadores”, reconheceu.

A parlamentar explicou que votou favorável ao projeto por entender que se tratava de uma questão de segurança pública. “Não podemos pensar só nos cobradores, temos que pensar na população em geral”, disse. Mas agora, muda de ideia, porque os profissionais, afirmaram durante a audiência, que podem perder seus empregos a partir de outubro deste ano.

Já Penha atribui a responsabilidade pelo projeto ao secretário municipal de Trânsito e Transportes Urbanos, Josemar de Araújo Sobrinho. “Ele jogou contra a Câmara com esse projeto”, afirmou.

Quem também mostrou sinais de arrependimento foi o vereador Pastor Washington (PRB), que classificou como absurda a proposta e prometeu defender o trabalho dos cobradores.

Para Lueci, diante da situação, a primeira medida a ser tomada é criar uma comissão de vereadores para conversar com os empresários. Segundo a vereadora, o ideal seria que eles apresentassem um termo por escrito se comprometendo a reaproveitar todos os cobradores para que, assim, não seja necessário pedir o veto ao projeto de lei.

Caso o projeto seja aprovado, as empresas de transporte urbano terão que correr contra o tempo para se adequar. Atualmente, 20% da frota já opera sem cobrador de ônibus em Cuiabá. Nestes veículos, o passageiro deve possuir o cartão do usuário ou o cartão ao portador, mas o que acontece, nesse período de transição, é que os próprios motoristas estão recebendo e emitndo troco referente ao valor da passagem.

A Capital conta com 120 pontos de recarga de cartões eletrônicos e a proposta é que se chegue a 800 até o final do ano. A proposta das empresas é que num período de até 5 anos todos os ônibus já estejam operando sem cobradores. 





Fonte: DO GD

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