De acordo com a polícia, a mulher de Júlio Pinheiro registrou um boletim de ocorrência contra o parlamentar, mas na mesma noite assinou um termo em que se abdicou do direito de dar continuidade ao processo contra o vereador, alegando que houve apenas ameaças verbais. Conforme a polícia, apenas a vítima pode representar contra o agressor em caso de lesões corporais leves, tornando a denúncia condicionada à autorização da mesma.
O presidente da Câmara de Cuiabá disse em entrevista na manhã desta segunda-feira (9), que não agrediu sua mulher, mas que chegou a depor no Centro Integrado de Segurança e cidadânia (Cisc) do bairro planalto. Júlio Pinheiro contou que está sobre forte pressão na Câmara de Vereadores e que por isso acabou interrompendo o tratamento de alcoolismo. “Eu tomo mais de 10 remédios por dia, para vários problemas como diabetes, pressão, colesterol e ansiedade", expressou.
Apesar de o vereador ter negado as acusações de agressão, ele pediu desculpas aos familiares. "Estou ciente que cometi um erro e peço desculpas a minha esposa e aos meus filhos”, disse o parlamentar. O presidente da Câmara ressaltou que sua esposa não entrou com nenhuma ação judicial contra ele.
Júlio Pinheiro falou que pedirá a abertura de uma comissão na Câmara da capital para se posicionar sobre a necessidade de abertura de CPI ou mesmo de processo de quebra de decoro parlamentar. O vereador alegou que o problema não interfere nas ações de seu mandato. "Vou pedir à CCJ para fazer um parecer nesse caso, para se posicionar, mas esse é um problema de cunho 100% familiar", pontuou.
Denúncias sem andamentos
De acordo com a polícia, quando há casos em que a vítimas assina este termo em que não tem interesse de dar continuidade ao processo, o inquérito é encaminhado para a Delegacia da Mulher apenas para o conhecimento do caso e para fins estatísticos.
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