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Policia MT
Quinta - 15 de Março de 2012 às 09:45
Por: ADILSON ROSA

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Jaciara: Ministério Público Estadual suspeita da atuação do delegado do município
Jaciara: Ministério Público Estadual suspeita da atuação do delegado do município
A pedido do Ministério Público Estadual, a juíza Joanice Oliveira da Silva Gonçalves, da Comarca de Jaciara (140 quilômetros da Capital), determinou o afastamento do delegado de Polícia Civil Marcos Sampaio, da Delegacia Municipal local - e também de dois agentes prisionais: Fábio Domingos e Valdeir Zeliz dos Santos.

Os três estão sendo investigados pelos crimes de usurpação de função pública, porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, abuso de autoridade, tortura, lesões corporais, homicídio e tentativa e prevaricação.

As investigações iniciaram após a fuga do detento Osmar da Silva Alves, o “Mazinho”, da Cadeia Pública de Jaciara. Depois de correr dos policiais, que atiraram nele, e se jogar nas águas do Rio São Lourenço, ele foi encontrado morto. Mazinho teria morrido afogado, mas, conforme o MPE, o que seria uma investigação corriqueira, se transformou numa situação estranha, levantando suspeitas.

Conforme o MPE, no dia 27 de outubro do ano passado, cerca de um mês após a fuga, pais de um dos fugitivos procuraram a Promotoria de Justiça porque foram procurados pelos dois agentes prisionais e o delegado, que teriam praticado agressões físicas e diversas sevicias, caracterizando o crime de tortura.

Um detento ouvido no dia seguinte, na Promotoria de Jaciara, relatou que também foi espancado e também sofreu tortura. Tudo para que falasse sobre um roubo de motocicletas ocorrido em Jaciara. “Foi o depoimento desse preso que ajudou a esclarecer a morte de Mazinho, pois os dois agentes prisionais disseram que Mazinho havia aguentado a tortura sofrida”, diz o relatório.

Até então, acreditava-se que o fugitivo tivesse morrido afogado. O detento torturado, então, acabou entregando a moto roubada. Somente no dia 15 de fevereiro é que o MPE conseguiu fazer a identificação dos dois agentes prisionais que não são lotados na Delegacia de Polícia da cidade. Eles ficavam hospedados em um hotel da cidade.

O delegado Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, que ficou substituindo o colega, registrou ocorrência de ameaça supostamente praticada pelo delegado investigado.

Em seu despacho, a magistrada salienta que não está clara a participação do delegado no crime de tortura, sendo necessária uma melhor investigação.

Segundo a Polícia Civil, a Corregedoria já foi informada da decisão e aguarda a apresentação do delegado até sábado (17), uma vez que ele está afastado por motivos de saúde até esta sexta-feira (16).




Fonte: Do DC

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