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Quinta - 15 de Março de 2012 às 08:45
Por: CLÁUDIO MORAES

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Diante da divergência de números e de conclusão de relatórios diferentes sobre as suspeitas de fraudes na emissão de cartas de crédito, o deputado estadual Percival Muniz (PPS), irá propor uma acareação entre o auditor-geral do Estado, José Alves Pereira Filho, e o procurador-geral do Estado, Jenz Prochnow. O requerimento para a acareação será apresentado pelo deputado na Comissão de Fiscalização e Acompanhamento da Execução Orçamentária.

“Temos uma contradição muito grande entre os dois relatórios. A divergência do relatório da PGE do da auditoria é de mais de meio bilhão”, destacou Percival. No ano final do ano passado, a Delegacia fazendária deflagrou a operação “Cartas Marcadas” para combater a emissão e pagamento ilegal de cartas de crédito no Estado, com base num relatório de investigação da Auditoria Geral do Estado. Na ocasião, foi apontado que o prejuízo com as fraude pode ter chegado a R$ 1 bilhão com a emissão de R$ 240 milhões a mais de cartas de crédito.

A época, seis pessoas foram presas durante a operação. Dentre elas, o advogado Ocimar Carneiro, concunhado do deputado estadual Gilmar Fabris (PSD).

Todavia, nesta semana, a Procuradoria Geral do Estado divulgou que concluiu que as cartas de crédito se tornaram legítimas em razão da impossibilidade do Estado rever a emissão das mesmas. Além disso, o relatório aponta que o Estado ainda deve cerca de R$ 163 milhões com as cartas emitidas para servidores da Secretaria de Fazenda.

“Temos que chegar a um denominador comum. Se o relatório da PGE estiver correto, tem que demitir o auditor e mandar prender o delegado (Lindomar) que comandou as investigações. Já se a AGE estiver certa, tem que demitir o procurador-geral e abrir procedimento disciplinar contra ele”, assinalou. Escândalos

Na tribuna da Assembleia Legislativa, Percival colocou que varias “coisas estranhas” estão ocorrendo em Mato Grosso. Ele citou que o Estado está parado envolvido em escândalos que provocam prejuízos bilionários aos cofres públicos. “Se alguém vier da Lua e cair em Mato Grosso vai ficar louco”, ironizou.

Percival citou o descaso como é tratado o Estado. Ele citou o caso das estradas na região Norte, que estão ‘intrafegáveis’. “Isso é uma vergonha em plena safra”, colocou.

Ele comparou a qualidade das obras com outros estados, como Mato Grosso do Sul e Goiás. “Lá as obras andam e com qualidade, e sem dinheiro de Fethab”, assinalou.

Em relação aos escândalos, ele disse que nenhuma providência é efetivamente tomada pelo governador Silval Barbosa (PMDB). “Do que adianta dizer que investigou as fraudes na conta única do Estado se promoveu os envolvidos”, pontuou.

Sobre o pagamento de precatórios na ordem de R$ 1,3 bilhão para empresas de construção civil a título de juros por atraso de pagamentos, o deputado insinuou como o maior desvio da história nos cofres do Estado. “Esse é para acabar com a carne seca do Nordeste até porque o piqui do Goiás já acabou faz tempo”, detonou.






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