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Policia MT
Quinta - 15 de Março de 2012 às 08:01
Por: ROSSANA GASPARINI

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Assessoria
Agrotóxicos apreendidos: polícia desconfia de que produtores sabiam das falsificações
Agrotóxicos apreendidos: polícia desconfia de que produtores sabiam das falsificações
A Polícia Federal em Rondonópolis prendeu 16 pessoas nesta quarta-feira, depois de deflagrar a operação São Lourenço. No total foram cumpridos 21 mandados de prisão temporária, 37 de busca e apreensão e mais 13 mandados de condução coercitiva. Até o momento, cinco pessoas ainda estão foragidas. Além de Rondonópolis, os mandados também foram cumpridos nas cidades de Poxoréu, Primavera do Leste, Jaciara, Campo Verde, Nova Xavantina, Dourados, no Mato Grosso do Sul e nas cidades do estado de São Paulo, Fernandópolis, São José do Rio Preto, Monte Aprazível, Miguelópolis e Ituverava.

Somente nesta quarta-feira, a PF apreendeu mais de 600 quilos de agrotóxicos que estavam sendo comercializados ilegalmente. As investigações começaram em 2010, com a instauração de 10 inquéritos em diferentes flagrantes de contrabando e falsificação de agrotóxicos. No ano passado, a Polícia Federal realizou nove apreensões e flagrantes. Durante o processo investigatório, foram desmanteladas duas fábricas clandestinas de agrotóxicos – uma em Poxoréu e a outra no bairro Birigui, em Rondonópolis. Além disso, a PF também apreendeu mais de sete toneladas de litros de agrotóxicos ilegais e embalagens, rótulos e outros materiais.

De acordo com o delegado responsável pela operação, Bruno Toledo, a maioria dos agrotóxicos falsificados vinha de São Paulo e recebia rótulos aqui em Rondonópolis. Já os agrotóxicos contrabandeados vinham principalmente do Paraguai, passando por Mato Grosso do Sul e chegando ao sul de Mato Grosso, onde eram comercializados. Foram identificados dois grupos diferentes e interdependentes de criminosos. Um deles era responsável por contrabandear do Paraguai, falsificar e vender os agrotóxicos. O outro, do qual faziam parte fazendeiros, eram consumidores do produto final do crime.

Os agrotóxicos, que podem chegar a R$ 20 mil o quilo, eram oferecidos a fazendeiros da região sul de Mato Grosso, a preços bem abaixo do mercado. Na venda era oferecida uma amostra do agrotóxico original. Depois de comprar o produto, os fazendeiros recebiam toneladas dos materiais falsificados ou contrabandeados. “Ele usavam esses agrotóxicos nas lavouras, mas, como eram adulterados, não surtiam o efeito desejado”, afirma o delegado.

Segundo Toledo, os fazendeiros sabiam que os produtos não eram legítimos, já que compravam por um preço bem abaixo do mercado, com nota fiscal falsa ou sem a documentação adequada e não denunciaram a fraude, justamente porque compravam os produtos de maneira irregular.

Os acusados de falsificar, contrabandear e vender os agrotóxico vão responder por formação de quadrilha, falsificação, contrabando, crime ambiental, além de porte ilegal de armas e estelionato. Cerca de 150 policiais federais participaram da operação.





Fonte: Do DC

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