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Segunda - 12 de Março de 2012 às 09:49
Por: Vinícius Tavares

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Os efetivos dos principais batalhões da Polícia Militar de Mato Grosso estão insatisfeitos com as condições precárias oferecidas pelo Estado, como baixa remuneração, corte no auxílio alimentação e escalas de trabalho exaustivas. Os relatos foram ouvidos pelo deputado federal Cabo Juliano Rabelo (PSB-MT), que tem visitado diversas unidades da PM, além de presídios e delegacias de polícia de todo o Estado.

Diante do que tem visto e ouvido, o parlamentar afirma estar cobrando, sem sucesso, uma resposta do governo do Estado desde que assumiu o mandato, no final do ano passado, sobre melhorias para os servidores.
 
Rabelo lembra que o governador Silval Barbosa (PMDB) não atendeu a nenhum dos seus pedidos de audiência no Palácio Paiaguás para tratar da crise na segurança pública.

"O governador não me recebe e pelo jeito nem vai me receber, vai esperar que o meu mandato se encerre e deixe as coisas como estão. Esse pessoal não liga para os praças da Polícia Militar", disparou.

Rabelo aproveita o curto período de mandato que ainda lhe resta para fazer um diagnóstico da segurança pública em Mato Grosso e o que ele percebe é muita reclamação por parte do servidor.

Suplente de Valtenir Pereira, que retorna à titularidade do mandato federal no início de abril, Juliano Rabelo lembra que a redução dos efetivos por conta das aposentadorias e de problemas de saúde dos policiais da ativa está obrigando os policiais a atuar longos períodos sem direito à folga e expostos ao estresse excessivo.

"O governo não pagou corretamente a etapa alimentação nos quartéis. Em Cuiabá, os policiais trabalham sete dias por semana sem folga, fazendo 56 horas semanais. No interior do Estado, os policiais trabalham 24 horas seguidas para compensar a perda de efetivo e são obrigados a comprar almoço e janta, que antes era fornecido pelo Estado", relata o deputado.

Segundo ele, os efetivos reclamam de estresse, cansaço e exaustão e poucas perspectivas de melhora para executar suas funções.

"Não tem como fazer escala diferenciada porque não tem efetivo suficiente. São condições que pioram a cada dia", acrescenta o deputado, único representante dos praças no Congresso Nacional.






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