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Sábado - 03 de Março de 2012 às 17:31
Por: Glaucia Colognesi

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     Enquanto o representante dos camelôs na Câmara Municipal, vereador Misael Galvão (PR), é a favor do kit de produtos eletrônicos que será distribuído pelo presidente do Legislativo, vereador Júlio Pinheiro (PTB),  outros dois são contra. Toninho de Souza (PSD) e Hermes da Silva Filho, o Carioca (PDT) se mostram revoltados com a medida e alegam que ela vai onerar os cofres públicos.

     A proposta é polêmica e desperta revolta na sociedade. Mesmo assim, Misael diz que o smartphone e o celular com acesso à internet é importante para o trabalho do vereador. "Todo recurso que a gente recebe é investido pelo bem da sociedade cuiabana. E eu faço jus ao salário que eu ganho porque trabalho incansavelmente", salientou.

     Toninho e Carioca garantem que vão abrir mão dos celulares com contas pagas pela Câmara, que serão adquiridos e distribuídos a cada um dos 19 parlamentares.Toninho avalia que é uma afronta à sociedade cuiabana, especialmente aos mais carentes, ter mais um benefício. O social-democrata avalia que já é bem pago para cobrir as despesas com telefone e combustível. "Para que aumentar os gastos aos cofres públicos? Na próxima sessão ordinária vou oficializar a minha recusa. É desnecessário este tipo de gasto", afirmou o parlamentar.

     Carioca, por sua vez, defende que todos os vereadores abram mão do benefício. "É o cúmulo do absurdo. Mais mordomias do que um vereador já tem é demais, deveria ser feito o contrário. Tem é que baixar o salário", defendeu o suplente, que foi beneficiado pelo esquema de rodízio do PDT e legisla na cadeira de Adevair Cabral até o próximo dia 14.

     O que se sabe é que o "agrado" que será feito por Júlio Pinheiro vai encarecer o custo de cada parlamentar que chega a R$ 41,2 mil. Em setembro do ano passado, a verba indenizatória, que é destinada para gastos com a atividade parlamentar, já teve aumento de 90%. A quantia pulou de R$ 8 mil para R$ 15 mil. Além disso, cada vereador tem direito a um salário de R$ 9,2 mil e outros R$17 mil provenientes da  verba de gabinete para a contratação de assessores. Com o novo benefício, eles terão mais R$ 200 mensais para falar nos aparelhos, onerando o Legislativo em R$ 3,8 mil mensais.

     Misael afirma concordar ainda com um outro projeto do presidente da Câmara de compar um carro Fiat Uno para cada vereador. "Eu acho que tem necessidade sim, é um instrumento a mais de trabalho. Se os deputados têm carro pago pela Assembleia, se secretários têm veículo pago pelo Governo, e os senadores também tem o benefício, por que não podemos ter?", questionou.





Fonte: RDNEWS

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