Marido que simulou assalto para matar mulher PM é preso no DF
O marido de uma policial militar suspeito de simular um assalto para executar a mulher teve alta do hospital onde estava e foi levado para a prisão, segundo a polícia.
O brigadista Rodrigo Policarpo Vieira, 33, confessou que simulou um assalto para executar a sua mulher, a policial militar Márcia Helena Policarpo de Sousa, 33.
O crime aconteceu na manhã de sexta-feira (17) na residência do casal, no bairro Vila São José, em Vicente Pires (DF). Os dois saiam para o trabalho pela manhã quando foram abordados por dois homens que anunciaram o assalto.
A mulher foi morta na ação com tiros pelas costas, um deles na nuca --sinal de execução. Para não levantar suspeitas, Vieira também foi atingido na região do tórax, segundo a polícia.
O tiro atingiu parte do pulmão e ele precisou ser internado, no Hospital Anchieta, em Taguatinga. Ele teve alta e está preso atualmente na 38ª Delegacia de Polícia. No entanto, ainda hoje será encaminhado para a carceragem do DPE (Delegacia de Polícia Especializada).
Vieira confessou no início da semana ser o mandante do crime. Inicialmente, ele atribuiu em depoimento que a motivação seria passional, por ter descoberto uma traição da mulher. Ontem, no entanto, ele reconheceu que o objetivo do crime era ficar com a pensão vitalícia a que teria direito com a morte da policial militar.
"Ele assumiu que a motivação era o salário apenas", disse o delegado-chefe da 38ª DP, Gerardo Carneiro
Como a policial estava com uniforme e a caminho do trabalho, o assassinato seria considerado morte em serviço e por isso ela seria promovida - o que aumentaria os benefícios a que o marido teria direito.
O casal vivia estava junto há dez anos e não tinha filhos.
"Ele confessou ser o mandante do crime, mas agora vamos aos recursos para a sua libertação, pois ele é réu primário e tem residência fixa", disse o seu advogado, Edmilson Pereira Neves.
Os dois homens que simularam o assalto são o irmão do marido, Francisco Milton Vieira, 26, e Adério da Silva Dias, 26. Os três foram indiciados por homicídio triplamente qualificado: motivo fútil, crime por encomenda e resultado de emboscada.
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