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Domingo - 19 de Fevereiro de 2012 às 18:12
Por: RODRIGO VARGAS

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Os gastos com contratos terceirizados de tecnologia da informação (TI) superaram em 2011 o orçamento executado pelo Centro de Processamento de Dados de Mato Grosso (Cepromat), o órgão estadual encarregado do serviço.

Levantamento realizado pelo Diário em registros do Fiplan (Sistema Integrado de Planejamento, Contabilidade e Finanças) mostra que as principais prestadoras de serviço de TI receberam no ano passado um total de R$ 50,4 milhões dos cofres estaduais.

O Cepromat, por sua vez, executou no período despesas que somaram R$ 42,2 milhões – cerca de 70% do previsto na Lei Orçamentária Anual daquele ano, R$ 58 milhões.

O levantamento da terceirização considerou os empenhos realizados e pagos às empresas Ábaco Tecnologia de Informação Ltda. e Complexx Tecnologia Ltda.

O Fiplan lista 115 empenhos à Ábaco, totalizando R$ 64,7 milhões. Deste montante, segundo o sistema, R$ 38,3 milhões foram efetivamente pagos.

Já a Complexx teve 61 empenhos registrados, com previsão de pagamentos de R$ 14,2 milhões – dos quais R$ 12 milhões constam como pagos.

O volume dos contratos terceirizados, na opinião do presidente do Cepromat, Wilson Celso Teixeira, é uma “distorção” causada pela ausência de investimentos no órgão estadual ao longo da última década.

“Nosso último concurso foi há 14 anos. Então, é óbvio que temos uma deficiência muito grande de mão-de-obra. Essa lacuna vem sendo preenchida com as terceirizadas”, afirmou, em entrevista nesta semana.

Segundo o diretor, o concurso a ser realizado em março irá suprir menos de um terço da demanda atual por analistas de tecnologia da informação. “Vamos contratar 100 analistas, mas precisaríamos de mais 200, no mínimo”, diz.

Trata-se, segundo ele, de uma “mão-de-obra cara para o Estado”. “Mas é inevitável investir mais. Alguns setores críticos, como o banco de dados do Estado, não podem ficar na mão de terceiros.”

Um inquérito em andamento no Ministério Público Estadual (ver matéria nesta edição) investiga a denúncia de que empresas do setor estejam fornecendo ao Estado mão-de-obra para cargos sem relação alguma com o setor de TI.

Teixeira disse desconhecer a prática. “Nós contratamos apenas serviços, não mão- de-obra”, declarou o diretor.

O Diário procurou o empresário Jandir Milan, sócio-proprietário da Ábaco e presidente da Fiemt (Federação das Indústrias de Mato Grosso), mas ele não respondeu aos recados deixados com sua assessoria. O advogado da empresa também não respondeu.

A reportagem entrou em contato com a Complexx e deixou recado, mas ninguém ligou de volta até a conclusão desta edição.




Fonte: Do DC

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