Publicidade
Repórter News - www.reporternews.com.br
Policia MT
Segunda - 28 de Outubro de 2013 às 20:11

    Imprimir


Os pais de uma adolescente de 16 anos procuraram a polícia após imagens da filha nua circularem pela internet e através de aplicativos de celular, na semana passada. Ao G1, a garota que mora no bairro Jardim Industriário 1, em Cuiabá, contou que algumas fotos são delas, porém, segundo ela, há algumas montagens e um vídeo que estão repassando como se fossem dela. A estudante, que pediu para não ter o nome divulgado, disse não saber quem espalhou as imagens.

A Polícia Civil informou que a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) já instaurou inquérito para apurar o caso e será pedida a quebra de sigilo para descobrir o IP (Internet Protocol), número que identifica o computador utilizado para espalhar as imagens e, com isso, descobrir o autor do crime. Também deve ser solicitado ao site de relacionamento que tire do ar as páginas onde estão essas imagens.

A adolescente soube que as fotos estavam circulando quando os colegas começaram a olhar para ela de forma "estranha", durante o intervalo de aula, na escola onde estuda, no bairro Pascoal Ramos, na quinta-feira (24). "Estava na escola, no intervalo, e de repente percebi que o pessoal estava me olhando estranho. Eles estavam passando as fotos uns para os outros pelo WhatsApp", afirmou.

Em seguida, a estudante foi chamada até a coordenação da escola. "Falaram que não era para eu voltar para a sala de aula por causa do que tinha acontecido, mas insisti em ficar até o final da aula. Quando acabou, estava muito abalada, liguei para a minha mãe e contei o que tinha acontecido. Pedi a um amigo que me buscasse na escola porque ainda estava muito assustada", contou. Até ela chegar em casa, alguém mandou o vídeo, em que não mostra o rosto da pessoa, para a mãe e para a prima da adolescente em um site de relacionamento. "Minha mãe reconheceu que não era eu", pontuou.

Ao chegar em casa, a adolescente disse ter conversado com os pais sobre o ocorrido e o pai decidiu pedir a orientação de um advogado sobre como proceder e, no dia seguinte, sexta-feira (25), todos foram até a Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) fazer a denúncia. A mãe da adolescente se disse preocupada com a exposição da filha e pediu que nenhuma imagem dela fosse veiculada.

Apesar de não conhecer a pessoa que teria espalhado as imagens, ela explicou que há alguns dias tinha repassado algumas fotos dela nua no espelho para alguém que havia conhecido pela internet e, além disso, tinha vendido um telefone celular pelo qual tinha encaminhado essas fotos. "Encaminhei as fotos para o Facebook, mas do celular, para alguém que tinha conhecido na internet e depois descobri que era um "fake"", disse.

Porém, segundo a Polícia Civil, a adolescente teria repassado as fotos para quatro pessoas, sendo que três moram em Cuiabá e seriam conhecidas dela, e outra da internet, que seria uma mulher se passando por homem.

Crime
Sancionada no ano passado, a lei 12.737, conhecida como lei “Carolina Dieckmann”, que, entre outras coisas, tornou crime a invasão de aparelhos eletrônicos para obtenção de dados particulares. A pena é de detenção de três meses a um ano e multa. Se alguém divulgar ou vender dispositivo ou programa que permita a prática desse crime e isso resultar em prejuízo econômico, a pena pode aumentar de um terço a um sexto.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/5901/visualizar/