Recurso de Murilo para retornar à prefeitura é adiado pela 2ª vez

O Tribunal de Justiça (TJ) de Mato Grosso adiou julgamento do recurso do prefeito cassado de Várzea Grande, Murilo Domingos (PR), que estava marcado para esta terça (14). A justificativa dada pela assessoria de imprensa do órgão é de que o relator do processo, desembargador José Silvério Gomes, está de licença e sem previsão para volta ao trabalho. Esta é a segunda vez que o julgamento foi adiado. A primeira foi à pedido do advogado de defesa de Murilo.

Com a apelação, Murilo está tentando invalidar decisão de primeira instância que suspendeu seus direitos políticos, do ex-secretário municipal de Fazenda, Toninho Domingos, seu irmão, e da contadora Sirlene Fagundes. A ação que culminou na sentença de inelegibilidade foi movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) por conta de contratações irregulares, favorecimento da empresa da família, a Irmãos Domingos LTDA, e fraudes em licitações, que levaram a empresa fantasma, “João Só, Distribuidora de Alimentos Ltda”, a ser fornecedora da prefeitura.

Uma decisão favorável neste caso seria um passo importante para o republicano, mas não o suficiente para o ex-prefeito voltar ao paço Couto Magalhães, atualmente sob o comando do vice Tião da Zaeli (PSD). Murilo também terá que recorrer da decisão da Câmara de Vereadores, que também extinguiu seu mandato.

O ex-prefeito terá ainda que reverter decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) referente ao caso da Abrassa, visto que já não há mais possibilidades de recurso no TJ. Neste processo, que também foi proposto pelo MP, Murilo é acusado de contratar funcionários para cedê-los à Abrassa, empresa que utilizava os trabalhadores na prestação de serviços de vigilância ao município.