Assassino confesso de Katsue Stefany, cujo corpo jogou em um forno de pizzaria, Weber Melques Oliveira se apresentou ontem na DHPP
Jovem drogado sentiu vontade de matar
Weber Melques Oliveira, assassino confesso de Katsue Stefany: ele cortou a jugular da vítima antes de jogá-la no forno
Assassino confesso de Katsue Stefany dos Santos Vieira, morta aos 24 anos, Weber Melques Vernandes Oliveira, 22 anos, apresentou-se na tarde de ontem ao delegado André Renato Gonçalves, na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa.
Weber deu detalhes de como agiu para tirar a vida da jovem e atirá-la dentro do forno à lenha da Pizzaria Fornalha, de propriedade de seu pai, no dia 3 de fevereiro.
Como à imprensa o assassino não quis dizer nada, sobrou ao delegado Gonçalves explicar que Weber fez um corte certeiro na jugular de Katsue, após sentir – palavras do próprio ao delegado – “vontade de matá-la”.
“Isso o levou a pegar a faca e tentar acertá-la três vezes. Nas duas primeiras, ela o segurou, mas na terceira o golpe foi certeiro, à altura do pescoço”, disse.
Isso abre um precedente que dificilmente será confirmado: a possibilidade de Katsue ter sido jogada (“com a cabeça oposta à porta do forno”) ainda com vida nas chamas, pois um corte na jugular, ainda que profundo, demora de cinco a oitos minutos até matar um adulto.
André Renato Gonçalves desconsiderou a possibilidade, ainda que vagamente.
“Temos que repassar à imprensa o que eles nos dizem, mas acho que ele esperou ela morrer, sim”, disse o delegado.
Razoabilidade que vai contra as evidências, pois de acordo com o próprio Weber Oliveira, os dois consumiram álcool e cocaína durante horas.
Foi esse, inclusive, o motivo da ida do casal até a Fornalha: buscar dinheiro para uma nova compra.
O advogado de defesa, Paulo Fabrini, confirmou que seu cliente alegou estar sob o efeito de álcool e drogas na madrugada do crime.
“Ele não tinha relação alguma com a vítima e a conheceu naquela mesma noite. Não apresentou nenhum motivo concreto, como uma briga ou discussão, mas disse que se assustou com ela e por isso acabou cometendo o crime”, contou Fabrini.
Também não teria havido relação sexual entre os dois e nem o esquartejamento de Katsue.
Agora Weber Oliveira será encaminhado para um dos presídios do sistema penitenciário de Mato Grosso e responder criminalmente pelos crimes de homicídio qualificado e destruição de cadáver.
O inquérito da DHPP deve ser concluído num prazo de dois dias.
A prisão preventiva – motivo que levou Weber à cadeia ontem – tem um prazo de 10 dias, mas pode ser prorrogada a pedido do delegado ou dos promotores designados para cuidar do caso.
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