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Policia MT
Sexta - 25 de Outubro de 2013 às 00:00

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O jovem Kaique Oliveira Fascine, de 23 anos, considerado desaparecido há 10 dias pela Polícia Civil de Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, é um dos foragidos da Operação "Ad Sumus", desencadeada nesta quinta-feira (4) Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), para desarticular uma facção criminosa. A mãe do jovem, Marilu de Jesus Oliveira, registrou o boletim de ocorrência pelo desaparecimento na manhã desta quinta-feira, e relatou não saber do envolvimento do filho com a facção criminosa.

O suspeito está com mandado em prisão em aberto pelos crimes de associação ao tráfico e formação de quadrilha. Além do desaparecimento de Kaique, a Polícia Civil investiga o desaparecimento de Luiz Henrique dos Santos, de 19 anos e Wilson Alves Gonçalves, de 23 anos. Mas, os dois últimos não têm mandado de prisão aberto e nem passagens pela polícia. Os três foram vistos juntos pela última vez saindo do lava-jato que pertence a Kaique, no dia 13 de outubro.

Segundo Marilu de Jesus Oliveira, ela não estava em Rondonópolis no dia do desaparecimento e falou pela última vez com o filho no dia 14, quando ele ligou dizendo que tinha ido visitar uma tia em Primavera do Leste, município localizado a 239 km de Cuiabá.

Kaique disse que estava com os dois amigos e que voltaria ainda na mesma noite para Rondonópolis. Depois disso a família não teve mais notícias. “Eu não tenho mais paz, quero meu filho de volta”, declarou a mãe. Segundo o delegado, Vinícius Francisco Prezotto, que investiga o desaparecimento dos jovens, Kaique já tem passagens pela polícia por roubo, receptação, furto e tráfico.

A família de Luiz Henrique foi a primeira a procurar a polícia. O pai do jovem, Luiz Donizete dos Santos, relatou que o filho pediu o carro emprestado no dia 13 e saiu sozinho às 20h de casa, na zona rural do município. O filho não falou para onde ia porque era comum que saísse para ir à cidade a noite. Segundo ele, o rapaz nunca teve problemas com a polícia e trabalhava junto com o pai, como operador de pá carregadeira. “A gente não dorme, não come, a mãe dele tá desesperada”, declarou ao G1. Ele também disse não fazer ideia dos motivos para o desaparecimento do filho.

A família de Wilson registrou queixa do desaparecimento dias depois. A irmã, Angélica Alves de Oliveira, declarou ao G1 que viu Wilson pela última vez no dia 13, quando ele foi almoçar em sua casa. Ela relatou que o deixou em casa à tarde e que não o viu mais. De acordo com Angélica, o irmão mandou uma mensagem em seu celular no dia do seu desaparecimento informando onde estava a chave de casa e dizendo que voltaria às 3h da manhã daquele dia. “Seja para onde ele foi, ele tinha a intenção de voltar”, disse. A família está preocupada. “Estamos desesperados, esperando que Deus nos ajude”.

O delegado Vinícius Prezotto declarou que já ouviu as famílias dos três jovens e que ainda é cedo para afirmar qualquer coisa, mas que não descarta nenhuma hipótese, nem que o desaparecimento possa estar ligado ao suposto envolvimento de Kaique com a facção. “Ainda não temos nada concreto, não podemos descartar nenhuma pista”. Ele pediu na quarta-feira (23) a quebra do sigilo telefônico dos três rapazes e aguarda a decisão da Justiça.

De acordo com informações do MPE, Kaique não foi encontrado durante a ação do Gaeco. Os policiais que atuam no grupo procuraram o suspeito na casa dele em Rondonópolis.

Operação “Ad Sumus”
A operação “Ad Sumus” procura, somente em Mato Grosso, 24 pessoas suspeitas de envolvimento com uma facção criminosa ligada ao tráfico de drogas. Os mandados foram cumpridos em Cuiabá, Várzea Grande, região metropolitana da capital, Rondonópolis, Vila Bela da Santíssima Trindade, Poconé e Sapezal.

Ao todo, a Justiça expediu 50 mandados de prisão e 25 de busca e apreensão, que também estão sendo cumpridos em Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Do total de acusados, 19 já estão presos, segundo o Gaeco, na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, na Penitenciária Major Eldo Sá Correa, conhecida como Mata Grande, em Rondonópolis, e também em unidades prisionais dos outros estados.





Fonte: Do G1 MT

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