Uma fábrica clandestina de remédios foi localizada no bairro 23 de Setembro, em Várzea Grande, onde havia produtos como o “Viagra brasileiro”
Polícia fecha uma fábrica clandestina
Viagra clandestino apreendido: efeitos podem ser bem contrários aos desejados pelos consumidores
Uma fábrica clandestina de medicamentos foi localizada por policiais militares no bairro 23 de Setembro, em Várzea Grande, onde havia dezenas de caixas de produtos fitoterápicos (à base de ervas) preparados sem controle algum e espalhados pelo chão. Mas o que chamou a atenção foi a apreensão de 60 frascos de um medicamento até então desconhecido de muita gente. Trata-se do “Viagra brasileiro”, comercializado num frasco líquido de 500 ml e cujo rótulo indicava que deveria ser tomado à dose de uma colher de sopa ao dia para se obter o efeito necessário.
Os policiais apreenderam 30 litros desse medicamento, que estavam numa caixa com 60 frascos de 500 ml, numa caixa lacrada. A fábrica foi localizada anteontem à tarde após uma ronda de rotina realizada por policiais militares. Como havia muitos produtos, os policiais decidiram lacrar o local ao invés de transportar tudo para o pátio da Delegacia.
No local foi encontrado um cadastro de micro empreendedor em nome de Maksuel Pizati dos Santos, que em checagem nos registros da policia foi constatado que o mesmo possuía uma passagem criminal pelo artigo 273 (relacionado a crimes contra a saúde pública), que prevê pena de 10 a 15 anos.
“Havia num caderno de encomendas desse medicamento para todo o Brasil, principalmente em Mato Grosso. Para a cidade de Guarantã do Norte havia várias encomendas. E com certeza não faz efeito algum”, afirmou um policial que esteve no local.
Outros produtos também tinham uma grande encomenda. Pacotes com milhares de rótulos de diversos produtos chamaram também a atenção dos policiais. A falta de higiene também surpreendeu, uma vez que era feito num local aberto.
Segundo os PMs, o galpão estava abandonado com vários tambores de produtos químicos espalhados pelo quintal, chamando a atenção dos policiais. Como havia vários rótulos e produtos sem procedência definida, eles acionaram a Vigilância Sanitária do município e também a estadual.
Os produtos foram apreendidos e serão periciados para confirmar a procedência. “Produtos como esses podem fazer mal e até matar. Esse Viagra, por exemplo, nunca ninguém ouviu falar”, observou um policial da Central de Flagrantes, para onde parte dos produtos apreendidos foi levada. Os policiais fizeram buscas nas proximidades e foram informados por vizinhos de que há vários dias não aparece pessoa alguma no local.
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