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Policia MT
Sexta - 06 de Janeiro de 2012 às 08:46
Por: ALECY ALVES e ADILSON ROSA

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Geraldo Tavares/DC
Arnaldo da Silva, promotor: ele espera que ainda hoje a juíza Suzana Araújo mande os 44 acusados de assalto de volta par
Arnaldo da Silva, promotor: ele espera que ainda hoje a juíza Suzana Araújo mande os 44 acusados de assalto de volta par
Está sendo esperada para hoje uma nova decisão contra os integrantes das organizações criminosas que praticavam as chamadas “saidinhas de banco” e ganharam a liberdade por conta de divergências de interpretação no judiciário.

O promotor do Gaeco, Arnaldo Justino da Silva, espera que até o final do dia a juíza plantonista da Vara Especializada de Combate ao Crime Organizado, Suzana Guimarães Ribeiro Araújo, julgue o pedido de prisão preventiva, novamente, para os 44 assaltantes capturados na operação “Sétimo Mandamento”, desencadeada no dia 14 de dezembro.

Todas as prisões foram anuladas no dia 31 do mesmo mês, pelos desembargadores João Ferreira Filho e Pedro Sakamoto, que entenderam que a 6ª Vara Criminal, de crimes comuns, que tem Suzana Araújo como titular, não tinha competência para analisar o processo de organização criminosa, nem tampouco decretar as prisões.

A ação foi transferida, mas como as prisões não foram revalidadas pela Vara Especializada, os desembargadores se basearam na “incompetência absoluta” do juiz da vara anterior para anulá-las. O Gaeco, que argumentou que no início das investigações não sabia que se tratava de crime organizado e que a incompetência seria relativa, não conseguiu impedir a soltura dos assaltantes.

Dos 44 presos no dia da operação, pelos menos 35 voltaram às ruas no primeiro dia de 2012. Os demais permaneceram presos porque respondem a outros crimes e já tinham prisão preventiva decretada.

Há inclusive adolescentes, menores de idade, envolvidos nos assaltos. Os criminosos respondem por roubo, receptação, tentativa de homicídio e formação de quadrilha.

ASSASSINATO - Três assaltantes presos nessa mesma operação estão envolvidos no assassinato do comerciante Maridevaldo Gonçalves Rocha, de 42 anos.

O comerciante foi executado com 10 tiros de pistola no dia 21 de outubro do ano passado, no Jardim Vitória. As investigações apontam para um crime passional (motivado por paixão). O comerciante estaria se envolvendo com a esposa de um dos ladrões.

Segundo a Polícia Civil, o envolvimento dos três bandidos foi denunciado por um adolescente localizado ontem por policiais da Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) da Capital, no Jardim Vitória, em Cuiabá.

O garoto confessou aos policiais que foi o executor, junto com outro adolescente, que já está preso no Complexo do Pomeri. O adolescente garantiu que não recebeu pagamento algum pelo assassinato. “Foi por amizade”, disse.

De acordo com as investigações, Maridevaldo foi morto por causa de um relacionamento que teve com a esposa do assaltante e contou com a ajuda de outro integrante da quadrilha de saidinha de banco, que emprestou um automóvel. O terceiro ladrão foi dirigindo o carro.

Para despistar, os garotos receberam uma motocicleta para chegar até o local do crime, em frente a uma igreja evangélica. O garoto detido sacou uma pistola e começou a atirar, matando o comerciante no local.

Na ocasião da prisão dos 35 envolvidos na Operação Sétimo Mandamento, o promotor Arnaldo Justino da Silva já havia adiantado que o bando estava envolvido também com um assassinato.

Policiais da DEA informaram que familiares do comerciante não aceitam a motivação de crime passional. O delegado deverá pedir a prisão preventiva dos três envolvidos. Para não atrapalhar as investigações, ele não divulgou o nome dos três envolvidos.




Fonte: Do DC

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