Obra do Edifício Amazon: perícia vai investigar por que o elevador, considerado novo, despencou
Três operários morreram e três ficaram feridos após a queda de um elevador na construção do Edifício Amazon, localizado na Avenida São Sebastião, em Cuiabá. O elevador despencou de uma altura de 18 metros, matando no local o mestre de obras Agnaldo Alves dos Santos, de 40 anos, o responsável pelo elevador Eurico de Jesus Ferreira, de 38 e Fernando da Conceição Silva, de 27 anos. Este último ainda chegou com vida ao hospital, mas morreu no meio da tarde de ontem; os dois primeiros morreram no local do acidente.
Os feridos são Jonatan Soares Palma, de 24 anos, Elias da Silva, de 37, e Washington Luiz Isaac, de 34, que tiveram ferimentos graves. O acidente ocorreu por volta das 7h30, quando o elevador fazia a terceira viagem do dia.
Segundo a assessoria de imprensa do Pronto Socorro de Cuiabá, onde estão internados os três feridos, o estado de saúde dos pacientes é considerado grave. Eles estão internados na Ala Vermelha. Dois deles correm risco de vida, pois tiverem politraumatismo e durante a tarde de ontem passaram por drenagens. Segundo os médicos, no entanto, há grandes chances de os três sobreviverem.
A causa do acidente pode ter sido o rompimento ou a soltura do cabo de aço do elevador. O Instituto de Criminalística (IC) enviou peritos especializados para o trabalho de local. São engenheiros aprovados no último concurso. O laudo vai determinar as causas da queda.
Segundo o engenheiro responsável pela obra, Herli Ribeiro Lavor, o elevador foi vistoriado e liberado pela DRTE no mês passado. Além disso, estariam sendo feitas as manutenções diárias, as chamadas check-lists, realizadas diariamente após os términos dos trabalhos dos operários.
“Nossa obra está tudo em ordem. O próprio Ministério do Trabalho fiscalizou os elevadores, item por item, e liberou sem problema algum”, garantiu. O edifício comercial, de 15 andares, está sendo construído pela Pactual Construtora.
O engenheiro acrescentou que, além da perícia, será chamado um técnico para avaliar as condições do cabo de aço. Enquanto isso, as obras ficam paralisadas, uma vez que os operários dependem do elevador para dar continuidade à construção. Embora a empresa seja de Mato Grosso, essa é a sua primeira obra na Capital.
O engenheiro disse ainda que todos os 25 operários da obra estão utilizando os equipamentos de proteção individual. “É um equipamento básico”, afirmou.
O acidente será investigado pela Delegacia do Complexo do Planalto, onde o delegado Wilson Leite vai instaurar inquérito para apurar as causas, principalmente se houve falha ou negligência dos responsáveis. “O laudo de local é que será de suma importância”, explicou um policial plantonista.
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