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Nacional
Quarta - 21 de Dezembro de 2011 às 22:47
Por: DANIEL CARVALHO

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A Polícia Federal informou na tarde desta quarta-feira que identificou manchas de sangue nos tecidos apreendidos nos contêineres retidos desde outubro no porto de Suape (PE) e nos galpões da empresa Império do Forro de Bolso, em cidades do agreste pernambucano.

O proprietário da empresa, Altair Teixeira de Moura, tinha dito em depoimentos à polícia que o lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos e interceptado pela Receita Federal há dois meses havia sido enviado por engano. Segundo Moura, ele tinha encomendado tecidos com defeito.

Os tecidos apreendidos em Suape e em depósitos da Império do Forro de Bolso em Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe foram analisados pelo Instituto Nacional de Criminalística, em Brasília.

"Em todos os locais de busca as amostras indicavam presença de sangue", disse o delegado Humberto Freire de Barros, chefe da delegacia de combate a crimes fazendários da Polícia Federal.

  Leo Caldas - 14.out.2011/Folhapress  
Loja em Santa Cruz do Capiberibe (PE) é fechada após descoberta de lixo hospitalar
Loja em Santa Cruz do Capiberibe (PE) é fechada após descoberta de lixo hospitalar

NOVAS AMOSTRAS

A PF também informou que o dono da Tex Port Inc, empresa americana responsável por enviar os contêineres ao Brasil, é cearense. O nome dele não foi revelado.

Segundo a PF, ele é irmão de outro empresário de Fortaleza que também importava tecidos americanos. De acordo com a polícia, eles não têm nenhuma relação de parentesco com Moura, que também é natural do Ceará.

Trinta policiais estiveram ontem em duas sedes da importadora cearense e recolheram documentos e tecidos com nomes de hospitais. Eles contêm manchas que se assemelham a sangue. O material será encaminhado ao INC, em Brasília.

Os dois empresários e Altair Teixeira de Moura podem ser indiciados sob suspeita de contrabando, crime ambiental e crime contra a saúde pública, já que os tecidos que apresentam fluidos humanos podem ser prejudiciais a quem os manipulou. Cada um dos investigados pode pegar pena máxima de 11 anos.

  Editoria de Arte/Editoria  





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