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Politica Brasil
Domingo - 18 de Dezembro de 2011 às 16:56

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O ano de 2011 foi marcado por absolvições de parlamentares envolvidos em denúncias de corrupção. Foi o caso da rejeição pela punição a Jaqueline Roriz e o arquivamento do pedido de abertura de processo disciplinar contra Valdemar da Costa Neto.
 



Flagrada recebendo dinheiro do pivô do “mensalão do DEM”, Durval Barbosa, em vídeo revelado pelo estadão.com.br, a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi livrada de um processo por quebra de decoro parlamentar pelo plenário da Câmara dos Deputados em 30 de agosto deste ano.

Filha do ex-governador do Distrito Federal Joaquim Roriz, a deputada foi beneficiada pelo endosso por grande parte dos colegas à tese – apresentada por seu advogado, José Eduardo Alckmin, - de que os fatos revelados pelo vídeo não configurariam quebra de decoro por terem ocorrido antes de ela assumir o mandato. Em decisão posterior, em novembro, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara determinou que um deputado federal poderia perder o mandato por ato cometido antes da posse, mas o fato não tem qualquer efeito sobre a votação do caso Jaqueline Roriz.

Apesar da pressão da opinião pública e de parte da sociedade, que chegou a organizar manifestações pedindo a cassação da deputada, a postura dos parlamentares que decidiram ajudar a livrar Jaqueline foi facilitada pelo fato que a votação era secreta. Na votação 265 deputados votaram pela absolvição da deputada, enquanto 166 votaram pela cassação e 20 se abstiveram.

O mal-estar gerado pelo caso levou inclusive à formação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, que pretende recolocar em pauta no plenário da Câmara uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que institui o fim do voto secreto.

A indignação gerada pela “absolvição” de Jaqueline Roriz, entretanto, não surtiu o efeito imaginado entre os parlamentares. Menos de um mês após o desfecho do caso, o Conselho de Ética da Câmara arquivou um pedido para a abertura de processo disciplinar contra o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP), sem sequer abrir investigação.






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