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Quinta - 10 de Outubro de 2013 às 23:25

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Moradores e comerciantes de Várzea Grande têm a oportunidade de opinar, na noite desta quinta-feira (10), sobre um assunto polêmico que é um desejo antigo dos oficiais da Polícia Militar responsáveis pelo policiamento e segurança pública na cidade: a proibição da venda de bebidas alcoólicas entra às 22h e 6h da manhã. O assunto, será debatido em um audiência pública marcada para às 18h30 na Câmara Municipal de Várzea Grande.

A iniciativa é do vereador Pery Taborelli (PV) que é coronel da PM e há tempos “sonha” em proibir bares, e estabelecimentos similares de vender bebida durante a madrugada. Hoje, na condição de vereador ele quer ampliar o debate com a população e de acordo com a aceitação ou não, ele poderá ir adiante e propor um projeto de lei estabelecendo regras de funcionamento, ou recuar. Tudo dependerá da vontade popular e a audiência pública é a chance e o mecanismo de debater o assunto de forma democrática.

Taborelli justifica que com sua experiência de 30 anos de polícia, tem conhecimento de causa para afirmar que é entre às 22h e 6h que são registrados os maiores índices de violência. Pontua que o fator que mais contribuiu para a elevação dos números de crimes contra a vida (homicídios e tentativas) é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.
O vereador acredita que se a iniciativa for aprovada pela população e depois na Câmara Municipal, irá contribuir para a redução do alto indice de de violência registrado na segunda maior cidade do Estado.

A medida é polêmica e não agrada os donos de bares e comércios que trabalham na noite. Eles temem que medidas como essas prejudiquem suas atividades, enquanto fonte de renda. Por isso, eles terão a oportunidade de participar da audiência e dizerem o que pensa sobre o assunto.

Polícia Militar

Há quase 2 anos no comando de Várzea Grande e outros 6 municípios que integram o Comando Regional 2, o coronel Wilquerson Felizardo Sandes , também participará da audiência. Ele disse ao Gazeta Digital que é favorável à medida, pois entende que donos de bares e similares precisam ter uma responsabilidade social e cumprir regras. Também precisam implentar medidas para garantir a segurança dos frequentadores, como por exemplo, instalar câmeras de segurança nos estabelecimentos, para em caso de algum crime, ajudar na identificação e elucidação do fato.

Ele também sustenta a tese de que pelo menos 50% dos crimes de homicídios e acidentes de trânsito registrados em Várzea Grande estão diretamente ligados ao consumo de álcool. Afirma que essa é uma reivindicação antiga na segurança. Mas ressalta que nada será imposto sem aprovação da população. “É pra isso que existe a audiência pública, para debater o assunto democraticamente. Não se trata de uma medida ditatorial. Foi o Legislativo que propôs esse debate e nós da Polícia Militar apoiamos”, ressalta ele

Epidemia de mortes

Divulgação/Polícia Militar
Polícia Militar apoia ideia de proibir bares de ficarem abertos na madrugada vendendo bebida alcoólica

Wilquerson Sandes ressalta que Várzea Grande vive uma “epidemia de mortes”, com uma média entre 40 e 50 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes, nos últimos 10 anos. Pontua que os níveis mundiais aceitáveis é uma média de 8 crimes por ano para cada 100 mil pessoas. “Hoje proporcionalmente ao número de habitantes, Várzea Grande está mais violenta do que Cuiabá”, diz o coronel.

Atualmente, os locais mais críticas, com ocorrência de diversos crimes estão sendo das regiões do São Matheus / Eldorado e também do Ouro Verde e São Simão. O oficial explica, porém, que existe uma migração dos crimes a cada período. Antes, o bairro campeão em criminalidade era o Mapim, mas hoje não é mais.





Fonte: A Gazeta

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