Jovem negou autoria no crime; mas testemunhas reconheceram o rapaz. Zagueiro tinha saído com outros jogadores para comer após partida.
Jovem suspeito de agredir jogador do MT é ouvido em Juiz de Fora

A Polícia Civil de Juiz de Fora ouviu, na manhã desta quinta-feira (10), o suspeito de agredir o jogador de futebol de 29 anos de um time do Mato Grosso, Fabrício Pedreira de Jesus Costa, conhecido como Kall. O jovem de 23 anos negou a autoria do crime, porém, segundo Investigações da 7ª Delegacia de Polícia Civil, testemunhas das agressões reconheceram o rapaz.

Agora, segundo a delegada que está à frente do caso, Patrícia Ribeiro, na próxima semana serão ouvidos os outros jogadores que estavam com a vítima no momento. Ainda de acordo com ela, já foi feito o exame de corpo de delito no jogador, que permanece com o quadro estável no Hospital de Pronto Socorro (HPS). "Vamos aguardar o resultado do exame de corpo de delito para avaliar o grau das lesões da vítima e determinar a gravidade do crime", explicou a delegada.

O zagueiro e os demais atletas tinham saído de uma partida realizada no domingo (6) contra o Tupi, de Juiz de Fora, quando resolveram passar em um bar na Praça Antônio Carlos, no Centro. Após saírem do local para retornarem ao hotel em que estavam hospedados, a vítima foi agredida com um soco no rosto, sem motivo aparente, por um homem que estava com outros indivíduos. O zagueiro caiu ao chão e bateu a cabeça.

Segundo a Polícia Militar (PM), o autor da agressão fugiu em um carro escuro, que não foi identificado. Na ocasião, seguranças do bar onde estavam os jogadores apontaram como suspeito um frequentador do estabelecimento.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a vítima foi atacada por engano pelo suspeito e que, momentos antes da chegada do trio, o suspeito e um grupo de amigos haviam se envolvido numa briga e, ao retornarem ao local, confundiram a vítima com um dos integrantes da confusão anterior.

A equipe do Mixto-MT seguiu para o Mato Grosso ainda na manhã de segunda-feira (7). Apenas o supervisor de futebol do time, Marcos Haneiko, permaneceu na cidade para acompanhar o atleta. Segundo ele, testemunhas relataram que se tratava de uma briga de gangues. "Eles estavam saindo da lanchonete, foram lanchar, e estava ocorrendo uma briga entre duas gangues rivais", afirmou.

Tanto o reperesentante do Mixto, time do Mato Grosso, quanto do Tupi, time de futebol de Juiz de Fora, descartaram qualquer tipo de relação entre a agressão e o jogo realizado horas antes. O time do Mixto estava na cidade para disputar as quartas-final da série D do Campeonato Brasileiro na tarde de domingo e perdeu a partida para o Tupi por 3 a 2.

O último boletim médico divulgado pela Secretaria de Saúde de Juiz de Fora, na tarde desta quinta-feira (10), indicou que o quadro clínico do jogador permanece estável. Ele está no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do HPS, respira sem ajuda de aparelhos e é acompanhado pela equipe de neurocirurgia da unidade.