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Quarta - 09 de Outubro de 2013 às 07:13

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Enquanto no que será um dos camarotes da Arena Pantanal se falava sobre os benefícios e os avanços das obras da Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, nas vozes do lado de fora o sentimento demonstrado era outro. Protestos de três categorias de trabalhadores, atualmente em greve em Mato Grosso, representaram a dissonância de expectativa entre o poder público e setores da sociedade civil nesta terça-feira (8).

A visita do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, a duas das obras que são realizadas na Capital para o mundial do ano que vem, foi marcada pela manifestação dos professores da rede estadual, dos bancários e dos funcionários dos Correios.

A previsão era que a comitiva que acompanhou o representante da entidade máxima do futebol caminhasse sobre o viaduto que é construído em frente à Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz), na Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA.

No entanto, o grupo foi recebido por cerca de 30 professores, que empunhavam cartazes e declamavam palavras de ordem acusando o governador do Estado Silval Barbosa (PMDB) de ser o responsável por perpetuar o caos na Educação.

Há 56 dias em greve, que já é contabilizada como a terceira maior dos últimos 20 anos, os educadores pleiteiam reajuste salarial, repasse de 35% dos recursos do Estado para Educação, inclusão da hora-atividade para os professores contratados, posse dos classificados do concurso público realizado em 2010, entre outras reivindicações.

Da região do CPA, a comitiva do secretário-geral da Fifa seguiu para a Arena Pantanal, onde um grupo maior de manifestantes também protestava. Aproximadamente 50 pessoas ocuparam as arquibancadas e o local onde será o gramado do estádio. Embora pacíficos, alguns deles chegaram a pichar partes do concreto pedindo investimentos em educação e saúde.

O chefe do Executivo estadual, acuado pelo clima de revolta, decidiu falar sobre as manifestações, em especial acerca dos professores. “Temos feito o possível e o impossível para adequar os pleitos. O Estado cumpre acima do piso nacional, é o segundo maior salário do país. Enquanto maioria dos estados não cumpre reposição inflacionária, nós demos ganho real à Educação”, justificou Silval Barbosa.

Jérôme Valcke também falou sobre os movimentos de protesto. Ele legitimou as manifestações, mas pontuou que elas não devem ser feitas em desfavor da Copa. “Faz parte da democracia. As pessoas têm direito de manifestar, mas temos que respeitar o trabalho dos operários aqui do canteiro de obras da Arena”, ressaltou.

O dirigente já havia presenciado episódios de protestos populares, como os registrados na Copa das Confederações, em junho. Alguns movimentos, inclusive, foram feitos contra a própria Fifa e os gastos com o mundial de 2014. (TP)

 






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