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Policia MT
Terça - 08 de Outubro de 2013 às 21:36

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Nesta quarta-feira (09), o porteiro Jorge Carlos da Silva, 47 anos, senta no banco dos réus para ser julgado por triplo homicídio triplamente qualificado que consiste em meio cruel, motivo torpe e modo que impossibilitou a defesa das vítimas. O tribunal do júri que está marcado para às 13h30 no Fórum de Cuiabá, acontece a 3 dias da data em que o crime completa 1 ano. Ele matou a ex-mulher Sandra D"Aghetti, 38 anos, e as filhas dela Elisa D"Aghetti Amorim, 13 anos, e Karina Fernanda D" Aghetti, 15 anos, no dia 12 de outubro de 2012.

Quem presidirá o julgamento será a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, titular da 1ª Vara Criminal da capital. Entre as testemunhas de acusação que serão ouvidas, está uma filha da vítima, Kamila Fernanda D" Aghetti, 21 anos, que mora em Rondonópolis.

O réu é defendido pela defensora pública, Erinan Goulart Ferreira, pontua que não há o que se questionar quanto à autoria do crime, pois ele é réu confesso. Dessa forma, ela ressalta que sua defesa será meramente técnica, em torno das qualificadoras que podem aumentar a pena.

Consta nos autos que o réu e a vítima, conviveram maritalmente por 10 anos e não tiveram filhos. Sandra já tinha 4 filhos e apenas as duas mais novas, Karina e Eliza, moravam com ela. A convivência do casal sempre foi conturbada, pois o denunciado sempre foi muito possessivo e Sandra já havia registrado boletim de ocorrência em dezembro de 2010 contra ele. Em fevereiro de 2012 eles se separaram, mas ele não aceitava ver a mulher feliz com as duas filhas.

De acordo com o Ministério Público, ele premeditou o crime, e agiu friamente e para conseguir matar a ex-mulher e as filhas dela, utilizou um pé-de-cabra para arrombar a porta da casa das vítimas e uma faca para matar as três. Depois do crime ele jogou a faca no mato.

O crime ocorreu por volta das 3h do dia 12 de outubro, quando Jorge arrombou a porta da casa e adentrou no quarto onde estava Sandra e a esfaqueou no coração e pescoço.

Depois foi ao quarto das adolescentes e as atacou. Conforme os autos, Elisa acordou e tentou se defender dos golpes e correu para o quarto da mãe, mas não resistiu e caiu no chão ao lado da cama onde estava sua mãe. Karina escondeu-se no banheiro, mas ele arrombou a porta e após imobilizá-la, prendendo suas pernas com o joelho dele, esfaqueou-a inúmeras vezes com golpes no pescoço e rosto até matá-la.

Após ter consumado o triplo homicídio, ele levou consigo os celulares das vítimas e suas joias, alterando o estado do lugar com o objetivo de simular um assalto. Depois disso foi para sua casa onde se lavou o jogou as roupas sujas de sangue e a faca em um matagal.

Mesmo confessando com detalhes como assassinou as vítimas durante a investigação, o acusado mudou a versão durante a audiência de instrução realizada pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 1ª Vara Especializada de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Cuiabá. Contudo, a juíza não acreditou na nova versão diante das provas que demonstram fortes indícios da autoria do crime.

Defesa

A defensora pública Erinan Goulart que ainda não teve contato com o réu nessa véspera do júri explica que só irá vê-lo no julgamento e não acredita que a versão dele, mudada na audiência de instrução, quando tentou negar a autoria do crime não irá prosperar. "Ele confessou o crime e repassou detalhes que conferem com os laudos periciais", diz ela ao explicar que fará a defesa absolutamente técnica, como por exemplo, questionar o que se entende por motivo torpe. Sua intenção será evitar que a pena seja elevada em virtude das qualificadoras que foram aceitas na denúncia.

 






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