O professor Delfim Afonso Neto chegou ao destino em 13 minutos. Segundo ele, o trajeto foi cumprido rapidamente graças às pistas exclusivas de ônibus na Avenida Antônio Carlos, que liga as regiões Central e Norte da cidade. “Nem sempre é assim. Muitas vezes, você tem que esperar o próximo ônibus ou até às vezes dois ou três porque os ônibus estão muito cheios”, apontou o educador.
O carro em que o funcionário Marcus Vinícius dos Santos pegou carona foi o segundo a chegar, com 28 minutos. Para ele, a demora de deve ao excesso de semáforos no caminho. "Sinais muito longos, de 60 segundos, aproximadamente”, disse.
A estudante Maria Aparecida Costa Oliveira, que foi de bicicleta, gastou 35 minutos para chegar ao campus. “Hoje o trânsito até estava legal. Vim sossegada. Até parei pra comprar água. O bom da bicicleta é isto, né. A gente para onde quer”, falou a estudante.
O designer José Álvaro completou a caminhada em uma hora e dezessete minutos. “Uma das maiores dificuldades pra gente andar é o mau costume de o motorista de não dar seta. Isto atrapalha todo mundo. Você fica na dúvida, não sabe se o cara vai ou não vai”, criticou.
Quase 1,4 milhão de veículos circulam na área central de Belo Horizonte por dia, segundo o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Para o chefe da Faculdade de Engenharia e Transporte da UFMG, Nilson Tadeu Nunes, o sistema de transporte precisa ser reformulado. “As pessoas que têm condições de mudar de modo de transporte migram naturalmente para motos e carros e o sistema viário não comporta. O que a gente precisa, de verdade, é de uma nova matriz de transporte público", apontou o pesquisador.
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