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Terça - 13 de Setembro de 2011 às 13:53
Por: Débora Siqueira

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O impostômetro, criado pela Associação Comercial e Industrial de São Paulo, atingiu na manhã detsa terça-feira (13) a marca de R$ 1 trilhão em impostos nesta terça-feira (13), 43 dias antes do alcançado no ano passado, revelando o apetite voraz dos tributos dos municípios, estados e União sobre o bolso dos brasileiros. Em média, cada cidadão pagou R$ 5 mil em impostos. Por segundo a máquina estatal arrecada cerca de R$ 45 mil.

De 1º de janeiro a 13 de setembro, foram arrecadados em Mato Grosso R$ 5, 3 bilhões em tributos. Isso significa que cada mato-grossense desembolsou R$ 1, 6 mil para pagar impostos no período, o equivalente para comprar uma TV LED. Somente em Rondonópolis R$ 418 milhões em tributos foram pagos ao município, Estado e União em 2011.

No site www.impostrometro.com.br o cidadão pode fazer simulações de quanto paga em tributos ao governo. Uma pessoa de 32 anos, com base na expectativa de vida de 72 anos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), gasta 148 dias dos 365 dias do ano pagando impostos. Ao longo da vida serão 29 anos trabalhando para atender a sanha dos governos em arrecadar tributos.

Outra conta reveladora é de quanto o governo ganha com a contratação de cada trabalhador brasileiro com carteira assinada. Levando em consideração alguém com salário de R$ 2 mil, 10,62% deste total, ou seja, R$ 212,39, são tributos retidos na fonte. Já o empregador paga a mais R$ 879. No fim de tudo, o governo arrecadou R$ 1091,39 do salário, cerca de 54,57% do total apenas com tributos.

O diretor da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Rondonópolis (Acir) e vice-presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de Mato Grosso (Facmat), Sérgio Del Cistia, comenta que a marca de R$ 1 trilhão chega a ser pornográfica.

“É muito dinheiro! A multa aplicada ao empresário é o mesmo do tempo em que a inflação era de 150% ao ano. É 100% mais caro em caso de atraso. Por falta de um histórico da empresa para fazer uma diferença entre o sonegador e o inadimplente, o governo, aí digo município, estado e União, trata todos como se fossem a mesma coisa e não é”.

Ele comenta que há um terrorismo fiscal muito grande em relação aos empresários, mas a população também acaba sofrendo com as cobranças desmedidas de impostos, com a alta nos preços. “A população precisa conscientizar que todos nós pagamos impostos e não só os comerciantes”, finalizou.

A vendedora Rosana Lopes comenta que se o cidadão visse o retorno dos impostos pagos, a relação com o governo seria diferente. “O problema é que a gente paga para fomentar a corrupção em Brasília. A sociedade não vê o retorno dos impostos em saúde e educação de qualidade”.






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