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Domingo - 06 de Outubro de 2013 às 07:36

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O grupo que articulava em Mato Grosso a criação da Rede Sustentabilidade deverá manter seu apoio à principal idealizadora do projeto no âmbito nacional, Marina Silva, mesmo após a filiação da ex-senadora a uma outra sigla, o Partido Socialista Brasileiro (PSB). Anunciada neste sábado (5) por Marina, cotada para concorrer à Presidência da República em 2014, a decisão de se filiar ao PSB foi tomada após à rejeição por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do registro da Rede como o 33° partido do país.

Marina Silva se filia ao PSB de Eduardo Campos (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Líder da Rede, Marina Silva se filiou ao PSB de
Eduardo Campos. (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Em Mato Grosso, a criação do partido obteve cerca de 3 mil assinaturas favoráveis colhidas por militantes liderados pelo engenheiro Archimedes Pereira Lima Neto. O esforço em busca das candidaturas foi semelhante ao efetuado por líderes de outras duas siglas que, ao contrário da Rede, conseguiram aprovação do registro no TSE. A articulação da Rede foi feita nos últimos meses com objetivo de contribuir com o projeto de levar Marina Silva a concorrer novamente à Presidência da República.

Em 2010, pelo Partido Verde (PV), Marina obteve cerca de 20 milhões de votos na disputa pelo cargo. O projeto de se candidatar pela Rede, porém, foi frustrado na última quinta-feira (3): os ministros do TSE rejeitaram o registro do novo partido por seis votos a um.

Aliança Rede-PSB

De modo a continuar na disputa a fim de “enterrar de vez a velha República”, Marina se filiou ao PSB, pelo qual deve se candidatar a vice-presidente na chapa do governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Este sábado foi o último dia do prazo de filiações para os que pretendem se candidatar nas eleições do ano que vem.

Segundo Archimedes, a “goleada” no TSE não encerra o movimento da Rede e seu projeto de criação do partido. Tampouco mina o apoio a Marina, mesmo que ela concorra ao cargo máximo do país por outro partido.

“Vamos continuar na consolidação da Rede e homologar para as eleições de 2016, a partir das bases municipais. Para a Marina, foi uma decisão muito difícil. Houve uma pressão muito grande e ela nem dormiu direito, mas optou por um compromisso de um Brasil maior que a Rede”, resumiu Archimedes.

Ele esclareceu que as decisões do TSE e da própria Marina não provocaram um esvaziamento do grupo de fundação da Rede em Mato Grosso. No encontro estadual realizado durante a noite desta sexta-feira, após a rejeição do registro no TSE, o grupo definiu como será sua atuação no estado a partir de agora: articulando a homologação da sigla para 2016 e, enquanto isso, fortalecendo a candidatura da ex-senadora, que não deixa de ser porta-voz da Rede mesmo como filiada do PSB.

“Há uma aliança nacional para 2014 e vamos nos posicionar trabalhando com as nossas convicções, apoiando a Marina, mas sem deixar a crítica a ela e ao próprio PSB”.

Novos partidos
Em Mato Grosso, nas últimas semanas já houveram outros reflexos das articulações nacionais com vistas às eleições de 2014 e à mudança do jogo político. Os dois partidos mais novos do país já nasceram no estado com lideranças definidas.

O Partido Republicano da Ordem Social (Pros) já inaugurou sua trajetória política local com a definição do deputado federal Valtenir Pereira, ex-PSB, como primeiro presidente estadual. Já o Solidariedade, outro aprovado no TSE, também surgiu no estado com nomes já conhecidos, como o do deputado estadual Adalto de Freitas na presidência estadual e o vereador Clovito Hugueney na direção municipal.





Fonte: Do G1 MT

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