Rússia vai discutir acordos de petróleo com a Líbia
A Rússia convidou os líderes rebeldes que formarão o novo governo da Líbia para ir a Moscou discutir o futuro dos contratos de energia firmados no país africano atingido há seis meses por uma guerra civil, disse o chanceler Sergei Lavrov neste sábado.
"Vamos discutir tudo isso", disse Lavrov a repórteres, sobre o destino dos contratos russos do setor de petróleo firmados com o ditador líbio, Muammar Gaddafi.
"Eles ofereceram fazer contato, e nós convidamos seus respectivos representantes a Moscou, a pedido deles", acrescentou o chanceler russo.
As principais companhias russas de petróleo e gás Gazprom, Gazprom Neft e Tatneft investiram centenas de milhões de dólares em exploração na Líbia, mas tiveram que suspender suas operações diante da revolução iniciada para depor o regime de Gaddafi.
Aram Shegunts, diretor-geral do Conselho de Negócios Rússia-Líbia, disse à Reuters no mês passado que as empresas russas provavelmente seriam impedidas de retomar seu trabalho na Líbia depois que os rebeldes apoiados pela Otan derrubassem Gaddafi.
A Rússia este mês reconheceu a legitimidade do conselho interino da Líbia.
ITÁLIA
O ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, disse neste sábado que seu país "manterá a primeira posição" na produção de hidrocarbonetos na Líbia.
"A Itália manterá sua primeira posição. Tivemos e seguiremos tendo", acrescentou o ministro.
"Confirmamos nosso compromisso: em outubro, seremos capazes de retomar a produção", insistiu Frattini, reunido.
Na quinta-feira, os líderes rebeldes líbios asseguraram que não havia "favoritismo político" na atribuição de contratos petroleiros e desmentiram um acordo com a França para conceder a este país 35% do petróleo líbio
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