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Policia MT
Sexta - 04 de Outubro de 2013 às 10:45

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Midia News
O surto da doença, principalmente na PCE, já assusta membros da Defensoria Pública
O surto da doença, principalmente na PCE, já assusta membros da Defensoria Pública
Um surto de tuberculose foi constatado na Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, no bairro do mesmo nome, em Cuiabá.

De acordo com o defensor público Altamiro Araújo, se as autoridades do setor não adotarem uma providência, Mato Grosso corre o risco de sediar a “Copa dos Tuberculosos”.

A situação é discutida com os defensores públicos do Núcleo Criminal, que planejam entrar com uma ação judicial contra o Estado.

Além da PCE, a surto atinge os demais presídios de Mato Grosso. De acordo com os defensores, dos 300 presos da ala 2 da Penitenciaria Central, 100 estão contaminados com a doença.

Araújo, que é membro do Núcleo Criminal, teme que esse surto se alastre para a sociedade, pois alguns familiares de presos já estão contaminados com a doença.

“Tenho o temor de cque esse surto migre para a sociedade. Se o Estado não tomar medidas, daqui a pouco, teremos uma Copa de tuberculosos, com turistas sendo infectados”, disse o defensor.

Ele destacou que casos de tuberculoses já eram registrados na penitenciária, mas trava-se de casos isolados. “Agora, a situação saiu do controle e o Estado não tem feito nada para resolver a situação”, disse Araújo.

Ainda de acordo com os defensores, máscaras são distribuídas, até mesmo, durante júri para evitar contaminação.

O defensor informou que, na próxima segunda-feira (7), haverá uma reunião, às 14 horas, com o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Luiz Antônio Pôssas de Carvalho, para tratar do assunto.

“Nessa reunião, discutiremos as medidas a serem tomadas para resolver o problema. Se nada for feito, a Defensoria tomará as medidas judiciais necessárias”, afirmou Araújo.

Outro lado

O gerente de Saúde do Sistema Penitenciário, Ozamo Delgado, negou que haja um surto de tuberculose na PCE. Ele também negou que a situação esteja fora de controle.

Ozamo afirmou que a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos realiza, periodicamente, exames médicos nos presidiário.

Segundo ele, os exames são realizados de seis em seis meses, com presidiários que estão tossindo há três semanas.

“Nós realizamos uma busca sintomática e o foco é nos presidiários que estão apresentando algum tipo de sintoma. Esse trabalho é feito porque o Laboratório Central de Cuiabá (Lacec) não comporta tantos exames ao mesmo tempo”, explicou.

Ozamo também informou que existem 108 casos de tuberculose nas penitenciárias do Estado. Segundo o gerente, o número é considerado "dentro dos padrões".

O gerente afirmou que, atualmente, na PCE, é realizada uma série de exames nos presidiários para detectar a tuberculose. “Assim que é diagnosticada a doença, nós iniciamos o tratamento com o paciente”, garantiu.

Ele acrescentou que os tratamentos dos tuberculosos são realizados uma vez por ano.





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