Com PSB fora do governo, Campos defende 3ª via na disputa pelo Planalto

Agora oficialmente fora da base aliada do governo Dilma, Eduardo Campos, governador do Recife e possível nome do PSB para o Palácio do Planalto em 2014, defendeu na quinta-feira (03), no Rio de Janeiro, o debate sobre uma terceira via de candidatura para o País. 

 

Em passagem relâmpago pelo Rio de Janeiro para um evento de filiação de novos membros do partido, ao lado do deputado federal Romário - mais cedo Campos esteve em Belo Horizonte -, o governador evitou criticar a atual gestão e falou na “legitimidade” de uma candidatura própria do partido.

 

“O PSB deseja fazer o debate de uma candidatura e isso é legítimo. Não decidimos ainda, mas na hora em que o PSB apresentar uma candidatura não vai apresentar só um nome, mas todo um projeto político. O Brasil tem direito de fazer um debate. Ir além do nós e eles”, afirmou, referindo-se à polarização PT-PSDB que dividiu o Planalto nas últimas gestões.

 

Campos também comentou a saída de diversos membros do PSB para novas siglas e a ruptura com o governo de Sérgio Cabral (PMDB). Para o governador pernambucano, “não há crescimento sem dor” e o rompimento com o PMDB no Rio de Janeiro não significa o fim da aliança em outros Estados. 

 

“Essa questão é local. As divergências já existiam dentro do partido desde o ano passado e não se entendia por que não se fazia um debate na bancada estadual”, afirmou.

 

Novo presidente do diretório do PSB no Rio de Janeiro, Romário limitou-se a afirmar que, de agora em diante, o partido buscará um novo rumo no Estado. 

 

“A frase que eu vou bater na tecla sempre é mudar. A partir de agora, o PSB terá uma nova cara.” Romário retornou ao partido pouco mais de um mês depois de ter deixado a sigla, assumindo o lugar de Alexandre Cardoso.