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Cidades/Geral
Quarta - 17 de Agosto de 2011 às 14:54

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Profissionais e alunos da educação estadual de Mato Grosso lotaram o Plenário Renê Barbour da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), hoje (17) de manhã. A participação dos manifestantes na sessão ordinária da Casa de Leis marcou a abertura da vigília organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT). O ato público permanece até as 18h, com o objetivo de cobrar o piso salarial de R$ 1.312,00, mais investimentos em Educação, entre outras reivindicações.

Na ocasião da suspensão da greve na rede estadual, em julho deste ano, o governo do Estado se comprometeu a implementar o piso em dezembro de 2011, mas a categoria reivindica o R$ 1.312,00 imediato. “Há condições para a aplicação do piso salarial em setembro e nós não abrimos mão, assim como da hora atividade aos interinos e mais investimentos que garantam Educação pública de qualidade”, frisou o presidente do Sintep/MT, Gilmar Soares Ferreira.

A princípio, os deputados estaduais abriram a sessão e suspenderam, em seguida. “Mas, nós vamos entrar mesmo assim para demonstrar à sociedade como a Casa Cidadã se manifesta diante das nossas cobranças”, acrescentou o sindicalista. Após a acomodação dos estudantes no plenário, que chamavam os parlamentares a comparecerem, a sessão foi finalmente aberta. Os manifestantes exibiram cartazes, faixas, dossiês sobre a situação das escolas e cartas com relatos e anseios de profissionais e alunos.

Foram expostos casos como o da Escola Estadual Professora Nadir de Oliveira, de Várzea Grande, que desde que foi construída, há 33 anos, não passou por reformas. “Nós recebemos equipamentos tecnológicos, mas não há suporte para utilizá-los, a rede elétrica não tem capacidade sequer para o que podemos oferecer no momento”, denunciou a diretora da escola, Suerlei Nunes Minas Novas. Segundo ela, os alunos compareceram à mobilização porque estão indignados com o descaso do Executivo Estadual.

Valorização profissional - A candidata à presidência do grêmio estudantil da Escola Nadir de Oliveira, que hoje atende 1.500 alunos, Thatielle Repolho, a estrutura da escola é muito deficiente. “Enquanto nós temos infiltração nos banheiros, na sala de aula, água quente para beber, os políticos estão aqui em cadeiras almofadadas, no ar condicionado, ignorando o que ocorre lá fora”, protestou. Para ela, os profissionais da educação são fundamentais para o desenvolvimento do país e, por isso, precisam ser valorizados.

Com apenas 15 anos, a jovem destacou ainda que há dois anos o colégio recebeu o Ensino Médio Integrado à Educação Profissionalizante (Emiep) em Vendas, curso profissionalizante de iniciativa do governo de Mato Grosso. Apesar disso, não há condições para o desenvolvimento das aulas. “Necessitamos de laboratórios e outras condições urgentes para que esse curso técnico seja uma realidade”, acrescentou Thatielle Repolho.






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