“Parlamentar, deputado federal ou senador da República não pode ser despachante do orçamento da União”
Corrupção: Taques defende resistência do povo e quer aumento de pena para corruptos

O senador Pedro Taques (PDT), em visita ao município de Lucas do Rio Verde neste final de semana declarou que é preciso que o povo “resista à corrupção”. Taques fez a afirmação ao ser questionado pelo ExpressoMT sobre a crise no Ministério dos Transportes que culminou com a queda do então ministro Alfredo Nascimento e do diretor do Dnit, Luiz Antônio Pagot, ambos do Partido da República (PR).
 
“Nós não podemos permitir que um partido político aparelhe determinados ministérios”, defendeu o senador. Ele também reclamou sobre a falta de “igualdade de condições” como o Governo Federal trata os partidos políticos. “Parlamentar, deputado federal ou senador da República não pode ser despachante do orçamento da União, temos que trabalhar para acabar com cargos comissionados”, frisou.
 
Taques lembrou que no Brasil existem 25 mil cargos comissionados, enquanto que os Estados Unidos possuem cinco mil. “Precisamos fazer com que a Administração Pública seja séria, sem aparelhamento do Estado por partidos políticos”, observou.
 
O senador defende que a impunidade é a causa e a consequência da corrupção no Brasil. “A palavra-chave é resistência, todos nós homens e mulheres deste Estado, temos que resistir à corrupção”, ressaltou.
 
Aumento de pena para corrupção
 
Pedro Taques é autor do projeto de lei que insere os delitos de concussão, corrupção passiva e corrupção ativa na Lei dos Crimes Hediondos e aumenta de dois para quatro anos a pena mínima desses delitos. Ele  justifica que inúmeros levantamentos mostram que o desvio de dinheiro público, a corrupção e suas formas afins de delitos, têm ocasionado falta de verba para a saúde, para a educação, para os presídios, para a sinalização e construção de estradas, para equipar e preparar a polícia, além de outras políticas públicas.
 
“A corrupção no Brasil mata, rouba o futuro das crianças e de todos nós. Este trecho da BR que vem de Rondonópolis até Lucas, por exemplo, não está duplicado em razão da corrupção”, finalizou.