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Quarta - 02 de Outubro de 2013 às 09:18
Por: LISLAINE DOS ANJOS

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O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Hermínio J. Barreto, se posicionou contra a postura adotada pelo governador Silval Barbosa (PMDB) de ameaçar cortar ponto e exonerar os professores que não retornarem às salas de aulas.


 
Ao MidiaNews, Barreto disse que o Governo atendeu ao apelo feito pela categoria, ao apresentar a proposta de reajuste salarial de forma escalonada a partir de maio de 2014 – com previsão de aumento de 100% até 2023 –, e lamentou a recusa por parte do Sindicato dos Trabalhadores da Educação em Mato Grosso (Sintep-MT).


 
“Sou contra radicalizar, cortar ponto e dizer que vai exonerar, mas o Governo tem que ter alguma atitude, porque, afinal de contas, se trata do governador do Estado. Se o Governo cedeu, apresentou proposta, o Sintep também tem que dar equilíbrio”, disse.


 
"Sou contra radicalizar, cortar ponto e dizer que vai exonerar, mas o Governo tem que ter alguma atitude, porque, afinal de contas, se trata do governador do Estado" O parlamentar disse que “falta ponderação do sindicato”.


 
“Digo isso, sem medo de errar. E olha que eu tenho uma professora dentro de casa, mas, desta vez, vejo que grande parte dos professores estão com dúvidas quanto a esse movimento do sindicato”, afirmou.


 
Para Barreto, é necessário que haja mais diálogo entre as partes, ainda que intermediada pela Assembleia Legislativa, antes que qualquer atitude radical seja tomada.


 
“Acho que o Governo fez uma proposta do tamanho do que o Estado pode oferecer. Se se analisarem os estados vizinhos, como Goiás e Mato Grosso do Sul, que só dão inflação por 40 horas/aula, enquanto aqui a regra é por 30 horas/aula, verá que Mato Grosso é um dos estados mais modernos e que mais atenderam às reivindicações da categoria”, afirmou o deputado.



Consequências


 
O deputado estadual Emanuel Pinheiro (PR) lembrou que a greve dos professores, que está prestes a completar 60 dias, está causando um prejuízo muito grande para 450 mil alunos da rede pública estadual.


 
“Estamos preocupados e angustiados. O Governo fez muito, esticou bastante e chegou quase ao seu limite. E é aí que eu acho que a gente precisa dar dois passos para trás para avançar cinco [passos]. Está faltando isso para os dois lados”, disse.


 
Segundo Pinheiro, falta o uso do bom senso dos dois lados para que o impasse seja resolvido.


 
“É necessário que seja feita a valorização dos profissionais de Educação e que se priorize a educação pública, mas o Governo deve fazer isso com a responsabilidade e equilíbrio do caixa. Às vezes, essa equação não é muito fácil”, afirmou.


 
O parlamentar defendeu que o governador Silval Barbosa (PMDB) “avançou muito” na tentativa de atender às reivindicações da categoria e que agora cabe aos profissionais da educação “entender o momento atual e os limites do caixa e das finanças públicas”.


 
“Estamos tentando achar o equilíbrio nesse diálogo para que o movimento paredista chegue a um limite, possa recuar e voltar aos trabalhos pelo bem dos alunos e de toda a sociedade”, disse.





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