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Quinta - 21 de Julho de 2011 às 08:43
Por: Caroline Rodrigues

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Cerca de 150 mil metros de fios de cobre foram furtados da iluminação pública das principais avenidas de Cuiabá nos últimos 10 anos. O material faz parte apenas das instalações subterrâneas, que estão nos canteiros centrais. No mercado, cada metro de fio custa R$ 5,10. Desta forma, o prejuízo é superior a R$ 765 mil, já que a recuperação do sistema inclui ainda a mão de obra de empresas, contratadas pela Prefeitura de Cuiabá.

A situação causou a substituição do sistema subterrâneo para o aéreo. O gerente de iluminação da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfe), Carlúcio de Freitas Borges, explica que a atitude vai deixar a cidade mais feia e segue na contramão de outras capitais, que estão investindo nas instalações subterrâneas. O problema é que não há condições de arcar com os custos e também de atender com qualidade a população, que sofre com a falta de iluminação constantemente em alguns pontos da cidade.

Muitos ladrões são usuários de drogas, explica Borges. Eles retiram a tampa de concreto e usam alicates para cortar a energia. Em seguida, puxam a fiação, deixando em média 5 postes seguidos sem luz.

Nas avenidas Miguel Sutil, Fernando Corrêa da Costa e Palmiro Paes de Barros o sistema já foi substituído pelo aéreo. Já na avenida Beira Rio, o trabalho está em andamento. O único ponto que continuará o sistema subterrâneo é na avenida Historiador Rubens de Mendonça, do CPA, até a Igreja Grande Templo. O restante do trecho, que segue para o bairro CPA, já tem a fiação aérea, porque não tem casas e nem comércios na área, o que facilita a ação dos criminosos.

Borges explica que a maior incidência de furto está próximo aos locais conhecidos com ponto de venda de drogas. Nos últimos dias, a Seminfe atendeu vários casos na região do Porto.

Para o gerente, falta segurança e mesmo com os inúmeros registros na Polícia, nunca foi encontrado o suspeito e nem o comprador do material.

Além dos fios, muitas lâmpadas são quebradas em atos de vandalismo.Todos os meses, a Seminfe troca cerca de 50 unidades, sendo que cada uma delas custa em média R$ 50, representando um dano de R$ 30 mil por ano.

Na rua Comandante Suíno, no Porto, cerca de 3 lâmpadas foram destruídas a pedradas. Também foram danificados o braço e o suporte do bocal.

Comerciantes - Na região do Porto, os comerciantes convivem com frequência com a falta de iluminação pública. Eles não chegam a ver a ação dos ladrões de fio, mas confirmam a presença de usuários de drogas.

O comerciante Eduardo Moraes, 32, diz que os dependentes químicos vagam pela área em busca de qualquer objeto que possa ser vendido ou trocado por uma porção de droga.

Ele acredita que falta policiamento. Na tentativa de evitar os furtos, Moraes contratou um guarda. Mesmo assim, os usuários invadiram o quiosque dele e chegaram a desmontar um ventilador. Não levaram o equipamento porque o segurança os surpreendeu.

Outro lado - O Comando da Base Comunitária da Beira Rio foi procurado pela reportagem, mas não atendeu as ligações.





Fonte: Do GD

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