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Nacional
Sexta - 15 de Julho de 2011 às 16:07

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Para executivo, união de Gol e Webjet não deve impactar projeções da empresa, pois perfil do passageiro de cada companhia aérea é muito diferente, o que ameniza a competição; até o fim do ano, serão lançados dez novos destinos à malha.

A compra da WebJet pela Gol,em uma transação de R$ 310 milhões,não deve impactar nos negócios da concorrente área Trip.

Mesmo com as incertezas sobre a conclusão do negócio em decorrência da espera pela aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), o diretor de marketing e vendas da Trip, Evaristo Mascarenhas, afirmou que as empresas têm perfis diferentes e a união não deve atrapalhar os planos de crescimento da empresa,que prevê alta de 70% neste ano, alcançando uma receita
de R$ 1,3 bilhão.

"O movimento de consolidação é natural no mercado de aviação mundial. Mas a Trip temum público maior de executivos e a WebJet, por sua vez, tem maior participação de viajantes a turismo. Por ter um perfil diferenciado, acredito que não haverá grandes mudanças,mas é claro que precisamos ver como se dará a configuração da nova empresa para avaliar melhor",disse o executivo.

Outro ponto distinto das companhias é a política de preços. Segundo Mascarenhas, a principal estratégia da Trip não é a de deter as tarifas mais baixas do mercado, como no caso das duas concorrentes, Gol e WebJet.

"Nós trabalhamos com aviação regional e nosso principal objetivo é alcançar o maior número de destinos possíveis.
Não é a toa que devemos encerrar o ano com dez novos destinos,alcançando 90 locais espalhados pelo país", avaliou. Entre as novas localidades que receberão voos da Trip ainda este ano estão Bauru (SP), Marabá (PA) e Barreiras (BA).

Do total dos destinos atendidos pela Trip, 35% são rotas exclusivas da companhia. Emlocalidades como Ipatinga (MG), Humaitá (AM), Eirunepé (AM), Fonte Boa (AM) e Porto Trombetas (PA), apenas a empresa atua.

"Há um estudo do setor (ABETAR) que aponta ser necessários R$ 3 bilhões para deixar 180 aeroportos regionais brasileiros em condições ideais de uso. Ainda temos muito espaço para crescer",diz Mascarenhas.

Para isso, a empresa vai precisar reforçar sua força de trabalho. Com a expectativa de somar dez novas aeronaves até o fim deste ano e alcançar 55 unidades, a Trip vai contratar tripulantes, mas ainda não definiu o número.

A empresa deve encerrar 2012 com uma frota de 70 aeronaves. "Nossa força de trabalho aumentou de 300 funcionários em 2008 para os atuais 3 mil e a tendência é de aumentar esse número", ressaltou o executivo.

A empresa, que segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) detém 3% de participação de mercado, também precisou adaptar suas cifras em decorrência dos preços do petróleo e os consumidores tiveram repasses.

"O custo com c ombustível representa cerca de 35% do montante das despesas e tivemos que nos adaptar a realidade do petróleo e repassar um reajuste médio de 7%, que pode ser verificado principalmente no segundo trimestre deste ano. Apesar de deter contratos de hedge, que garantem a compra de combustível por um preço tabelado, a empresa precisou fazer as adaptações. "Mas estamos em constante corte de custos para fornecer o melhor preço possível", garantiu Mascarenhas.


MALHA
35% dos destinos da malha da Trip são exclusivos da companhia.
FROTA
55 aeronaves deve ser a frota da Trip até o fim deste ano.
A companhia pode adquirir dez unidades.
EQUIPE
3 mil: número de funcionários empregados pela companhia aérea.
Preços
Apesar de não ser foco na política de crescimento da companhia, os valores dos tíquetes da Trip precisam ser competitivos para angariar espaço no mercado de aviação nacional.






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