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Esportes
Terça - 21 de Junho de 2011 às 09:21

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Esta terça-feira pode ser o dia mais importante da carreira do atacante Jobson, do Bahia. O jogador, um dos destaques do time na temporada, está sendo julgado pela Corte Arbitral do Esporte (CAS), em Lausanne, na Suíça. O tribunal, uma organização internacional que julga causas esportivas, analisa o doping do atleta durante o Campeonato Brasileiro em 2009, quando o jogador admitiu ter usado crack.

O julgamento começou às 9h, horário da Suíça, 4h no horário de Brasília, e está previsto para terminar só às 12h. Caso seja condenado, Jobson poderá ser banido do esporte, por ser reincidente na infração. Resultado contrário, a pena pode variar de seis meses a dois anos, a depender do entendimento do tribunal. O resultado sai dentro de 60 dias. O jogador será reapresentado ao Bahia na quarta-feira, e pode atuar normalmente, enquanto não é divulgada a posição final do tribunal.

"Estou um pouco tenso para saber o resultado, mas estou feliz e confiante" disse Jobson, na última sexta-feira, antes de embarque para o Rio de Janeiro, onde enfrentou o Fluminense, no último sábado. "Espero sair vitorioso no tribunal", almejou o atacante, 21 anos.

O julgamento
Três juristas irão definir o futuro de Jobson. Para isentar o jogador da culpa, a defesa do atacante aposta no argumento de que se o jogador for afastado do futebol, a situação pode se agravar, pois o atleta poderá usar drogas constantemente.

Ainda de acordo com a defesa, é possível utilizar como uma das justificativas para que o atacante não seja punido, o fato de ser artilheiro do Bahia, com três gols, pelo Campeonato Brasileiro, e a apresentação dos exames de sangue semanais do atleta, como prova de que ele está livre das drogas.

O argumento da defesa também pode se basear em pontos que afirmem que o crack é considerado uma droga da sociedade e não do esporte. Logo, o uso da substância não provoca ganho na atuação do jogador dentro de campo, o que demonstra que não houve deslealdade esportiva. Jobson está na Suíça com quatro advogados, além de médico e psicóloga do Botafogo, equipe detentora de seu passe.

Entenda o caso
Jobson veio para o Bahia emprestado pelo Botafogo. Ainda no time carioca, em novembro de 2009, pelo Campeonato Brasileiro da Série A, o atacante foi flagrado no exame antidoping no jogo entre Botafogo e Coritiba. Em dezembro daquele ano, em partida disputada contra o Palmeiras, o jogador foi pego novamente no exame. Devido a isso, o atleta foi parar no banco dos réus no início de 2010, no Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Brasil (STJD).

Na ocasião, Jobson admitiu o uso de crack. O jogador foi punido por dois anos de suspensão, pena que foi reduzida para seis meses, após um novo julgamento. No entanto, a Agência Mundial Antidoping (Wada, com sigla em inglês), junto com a Corte Arbitral do Esporte (CAS), não concordaram com a sentença, pois, segundo eles, o código antidoping determina que a pena para infratores que usam substâncias proibidas no esporte é de dois anos






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