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Internacional
Domingo - 12 de Junho de 2011 às 16:41

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As diferenças entre as duas principais comunidades linguísticas da Bélgica, os flamengos do norte (Flandres) e os francófonos do sul (Valônia), afastam o fim da grave crise política que vive o país há um ano e impede a formação de um governo e reformação do Estado.

A Bélgica celebrou em 13 de junho de 2010, eleições gerais antecipadas vencidas pelos dois partidos antagônicos - os soberanistas flamengos do N-VA no norte e os socialistas francófonos do PS no sul -, o que provocou um bloqueio político de dimensões históricas.

Acostumado a governos de coalizão e a negociações intermináveis devido às dificuldades para resolver as disputas entre o norte e o sul, o país nunca antes tinha vivido tanto tempo regido por um Executivo interino. O encarregado de formar governo e provável futuro primeiro-ministro, o socialista francófono Elio di Rupo, considera "indispensável" uma reforma em profundidade da Bélgica, mas diz que não é possível aceitar certos pedidos "muito perigosos" dos partidos flamengos, porque representariam o desmantelamento do país, como indicou em entrevista neste sábado.

O líder do N-VA, Bart De Wever, questionado sobre sua pretensão de separar Flandres da Bélgica, questão número um em seu programa eleitoral, esclareceu, que trata-se de uma evolução de longo prazo e sustentou que no fundo nenhum dos líderes políticos da Bélgica acredita realmente no futuro do país.

O pleito de junho foi convocado pela queda do Governo anterior, precisamente devido ao enfrentamento pelo regime linguístico aplicado na periferia de Bruxelas, onde residem 150 mil francófonos que contam com "facilidades administrativas" em seis municípios flamengos.

Nas ruas da localidade, francófonos e flamengos convivem em paz, embora com tensões ocasionais. As últimas pesquisas de intenções de voto, publicada neste fim de semana, indicam que tanto o N-VA como o PS sairiam reforçados se voltassem a convocar eleições.

A atenção se concentra na proposta de Di Rupo que será apresentada no fim de junho sobre a reforma do Estado, que se for aceita pelos demais partidos poderia representar o início do fim da crise na Bélgica.





Fonte: EFE

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