Chinesa vence Sharapova, vira top 5 e vai à final em Paris
A chinesa Li Na, 29, venceu a russa Maria Sharapova, 24, por 2 sets a 0 (6/4 e 7/5) e se classificou para sua segunda final de Grand Slam, a primeira em Roland Garros.
A musa russa cometeu dez duplas faltas, a última encerrou a partida desta quinta-feira, e teve o saque quebrado pela chinesa cinco vezes no jogo que durou 1h48min.
Finalista do Aberto da Austrália em janeiro passado, Li Na foi a primeira chinesa a chegar em uma final de Grand Slam, assim como a primeira a ser top 10 no circuito profissional.
Atual sétima colocada no ranking mundial, Na Li vai ser a quinta mesmo que perca a final. A rival na decisão será a vencedora co confronto entre a italiana Francesca Schiavone e a francesa Marion Bartoli. Elas se enfrentam ainda nesta quinta-feira.
Sharapova, atual oitava do mundo, continua sem ganhar Roland Garros, o único Grand Slam que ainda não conquistou.
ISTO É LI NA
Não fosse por orientação de uma professora, quando Li Na tinha oito anos, a tenista teria seguido o caminho do badminton, esporte que praticou até os nove anos.
Li Na já se aposentou também. Largou o tênis em 2002 para fazer o curso de mídia em uma universidade chinesa.
Retornou ao circuito em 2004 e, desde então, chamou a atenção pela regularidade e pela rosa vermelha em forma de coração tatuada no lado esquerdo do peito, que provocou debates na China.
Há seis anos, Li Na era a 80ª do ranking. Em uma temporada, subiu 23 posições. Em seguida, mais 36.
Alcançou a semifinal de duplas nos Jogos de Pequim-2008, ao lado de Zheng Jie.
O socialismo chinês impediu o crescimento do tênis no país durante muito tempo. O esporte era tido como "ocidental demais" para os padrões do regime.
Somente após a queda do Muro de Berlim, em 1989, o tênis começou a ser praticado por um número maior de chineses.
Até então, se quisessem praticar uma modalidade que necessitava empunhar uma raquete, que fosse, então, o badminton ou o tênis de mesa.
A China é uma potência nesses esportes até hoje.
No ranking mundial do badminton, há três homens e quatro mulheres no top 10 de suas categorias. No tênis de mesa, o domínio é maior: são seis representantes no masculino e cinco no feminino.
Desde 2008, a WTA (Associação das Tenistas Profissionais) mirou seus investimentos no país. Instalou um escritório em Pequim com alguns de seus melhores executivos para tornar o Aberto da China, em outubro, um dos mais importantes do circuito internacional.
Agora, vê a novidade Li Na chegar ao top 5.
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